"A vida é arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida"
terça-feira, 30 de abril de 2013
sábado, 27 de abril de 2013
sexta-feira, 26 de abril de 2013
quinta-feira, 25 de abril de 2013
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Dia do Livro?!
Para que? Não deveria ser todos
os dias ‘dia do livro’? Tal como não devemos ter o dia de amor, que devemos
saber inovar… da amizade, que devemos cultivar e proteger… do pai e da mãe a quem
devemos dar todo carinho e compreensão, mesmo que as vezes não conseguem
entender os nossos comportamentos e criticam-nos…
Porquê é que devemos sempre inventar ou ‘nomear’ um dia para qualquer coisa, que deveria fazer parte da nossa vida duma maneira natural e espontânea?
Será que a humanidade ficou tão insensível, tão consumista que precisa ser lembrada pela impressa e pela publicidade para que por momentos volte a comportar-se normalmente?!
Porquê é que devemos sempre inventar ou ‘nomear’ um dia para qualquer coisa, que deveria fazer parte da nossa vida duma maneira natural e espontânea?
Será que a humanidade ficou tão insensível, tão consumista que precisa ser lembrada pela impressa e pela publicidade para que por momentos volte a comportar-se normalmente?!
Pensamentos destes é que tive
hoje no regresso a casa…
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Recentemente descobertos…
... os restos dos
sistemas de defesa que cercavam a cidade mais antiga do continente europeu que
existia durante o período de 4700 - 4200 aC, perto da atual cidade de Provadia
(410 km nordeste de Sofia), segundo uma equipa de arqueólogos.
domingo, 21 de abril de 2013
quinta-feira, 18 de abril de 2013
quarta-feira, 17 de abril de 2013
domingo, 14 de abril de 2013
Ainda que Mal
Ainda que mal pergunte,
ainda que mal respondas;
ainda que mal te entenda,
ainda que mal repitas;
ainda que mal insista,
ainda que mal desculpes;
ainda que mal me exprima,
ainda que mal me julgues;
ainda que mal me mostre,
ainda que mal me vejas;
ainda que mal te encare,
ainda que mal te furtes;
ainda que mal te siga,
ainda que mal te voltes;
ainda que mal te ame,
ainda que mal o saibas;
ainda que mal te agarre,
ainda que mal te mates;
ainda assim te pergunto
e me queimando em teu seio,
me salvo e me dano: amor.
ainda que mal respondas;
ainda que mal te entenda,
ainda que mal repitas;
ainda que mal insista,
ainda que mal desculpes;
ainda que mal me exprima,
ainda que mal me julgues;
ainda que mal me mostre,
ainda que mal me vejas;
ainda que mal te encare,
ainda que mal te furtes;
ainda que mal te siga,
ainda que mal te voltes;
ainda que mal te ame,
ainda que mal o saibas;
ainda que mal te agarre,
ainda que mal te mates;
ainda assim te pergunto
e me queimando em teu seio,
me salvo e me dano: amor.
Carlos Drummond de
Andrade
Leitura do...
... 'Os Meus
Problemas'...
O que Distingue um Amigo Verdadeiro
Não se pode ter muitos amigos. Mesmo que
se queira, mesmo que se conheçam pessoas de quem apetece ser amiga, não se pode
ter muitos amigos. Ou melhor: nunca se pode ser bom amigo de muitas pessoas. Ou
melhor: amigo. A preocupação da alma e a ocupação do espaço, o tempo que se
pode passar e a atenção que se pode dar — todas estas coisas são finitas e têm
de ser partilhadas. Não chegam para mais de um, dois, três, quatro, cinco
amigos. É preciso saber partilhar o que temos com eles e não se pode dividir
uma coisa já de si pequena (nós) por muitas pessoas.
Os amigos, como acontece com os amantes,
também têm de ser escolhidos. Pode custar-nos não ter tempo nem vida para se
ser amigo de alguém de quem se gosta, mas esse é um dos custos da amizade. O
que é bom sai caro. A tendência automática é para ter um máximo de amigos ou
mesmo ser amigo de toda a gente. Trata-se de uma espécie de promiscuidade, para
não dizer a pior. Não se pode ser amigo de todas as pessoas de que se gosta. Às
vezes, para se ser amigo de alguém, chega a ser preciso ser-se inimigo de quem
se gosta.
Em Portugal, a amizade leva-se a sério e
pratica-se bem. É uma coisa à qual se dedica tempo, nervosismo, exaltação. A
amizade é vista, e é verdade, como o único sentimento indispensável. No
entanto, existe uma mentalidade Speedy González, toda «Hey gringo, my friend»,
que vê em cada ser humano um «amigo». Todos conhecemos o género — é o «gajo
porreiro», que se «dá bem com toda a gente». E o «amigalhaço». E tem,
naturalmente, dezenas de amigos e de amigas, centenas de amiguinhos, camaradas,
compinchas, cúmplices, correligionários, colegas e outras coisas começadas por
c.
Os amigalhaços são mais detestáveis que
os piores inimigos. Os nossos inimigos, ao menos, não nos traem. Odeiam-nos
lealmente. Mas um amigalhaço, que é amigo de muitos pares de inimigos e passa o
tempo a tentar conciliar posições e personalidades irreconciliáveis, é sempre
um traidor. Para mais, pífio e arrependido. Para se ser um bom amigo, têm de
herdar-se, de coração inteiro, os amigos e os inimigos da outra pessoa. E fácil
estar sempre do lado de quem se julga ter razão. O que distingue um amigo
verdadeiro é ser capaz de estar ao nosso lado quando nós não temos razão. O
amigalhaço, em contrapartida, é o modelo mais mole e vira-casacas da moderação.
Diz: «Eu sou muito amigo dele, mas tenho de reconhecer que ele é um sacana.»
Como se pode ser amigo de um sacana? Os amigos são, por definição, as melhores
pessoas do mundo, as mais interessantes e as mais geniais. Os amigos não podem
ser maus.
A lealdade é a qualidade mais importante
de uma amizade. E claro que é difícil ser inteiramente leal, mas tem de se ser.
Miguel Esteves Cardoso
sábado, 13 de abril de 2013
Não saberei nunca
Resta ainda tudo,
só nós não podemos ser...
Talvez o amor,
neste tempo, seja ainda cedo
Não é este sossego
que eu queria,
este exílio de tudo,
esta solidão de todos
Agora
não resta de mim
o que seja meu
e quando tento
o magro invento de um sonho
todo o inferno me vem à boca
Nenhuma palavra
alcança o mundo, eu sei
Ainda assim, escrevo...
Mia Couto
dizer adeus
Afinal,
só os mortos sabem morrer
Resta ainda tudo,
só nós não podemos ser...
Talvez o amor,
neste tempo, seja ainda cedo
Não é este sossego
que eu queria,
este exílio de tudo,
esta solidão de todos
Agora
não resta de mim
o que seja meu
e quando tento
o magro invento de um sonho
todo o inferno me vem à boca
Nenhuma palavra
alcança o mundo, eu sei
Ainda assim, escrevo...
Mia Couto
Hoje o dia foi de refugio na poesia…
e descobri este poema..
Horas
profundas, lentas e caladas Feitas de beijos rubros e ardentes,
De noites de volúpia, noites quentes
Onde há risos de virgens desmaiadas...
Oiço olaias em flor às gargalhadas...
Tombam astros em fogo, astros dementes,
E do luar os beijos languescentes
São pedaços de prata p'las estradas...
Os meus lábios são brancos como lagos...
Os meus braços são leves como afagos,
Vestiu-os o luar de sedas puras...
Sou chama e neve e branca e misteriosa...
E sou, talvez, na noite voluptuosa,
Ó meu Poeta, o beijo que procuras...
Florbela Espanca
Tomara...
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho
Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz
E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...
Vinícius de Moraes
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho
Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz
E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...
Vinícius de Moraes
domingo, 7 de abril de 2013
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