"A vida é arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida"
domingo, 27 de setembro de 2015
sábado, 26 de setembro de 2015
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
domingo, 20 de setembro de 2015
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
Ouvi hoje quando regressava a casa…
… e confesso que tive alguma dificuldade
de acreditar que a letra é de agora…
E procurei na net, acabando por descobrir
mais um daqueles fenomenais exercícios do MEC, com toque de sarcasmo, mas uma
boa doze de verdade…
A mulher portuguesa não é
só Fada do Lar, como Bruxa do Ar, Senhora do Mar e Menina Absolutamente
Impossível de Domar. É melhor que o Homem Português, não por ser mulher, mas
por ser mais portuguesa. Trabalha mais, sabe mais, quer mais e pode mais. Faz
tudo mais à excepção de poucas actividades de discutível contribuição nacional
(beber e comer de mais, ir ao futebol, etc). Portugal (i.e,, os homens
portugueses) pagam-lhe este serviço, pagando-lhes menos, ou até nada.
O pior defeito do Homem português é achar-se melhor e mais capaz que a Mulher. A maior qualidade da Mulher Portuguesa é não ligar nada a essas crassas generalizações, sabendo perfeitamente que não é verdade. Eis a primeira grande diferença: o Português liga muito à dicotomia Homem/Mulher; a Portuguesa não. O Português diz «O Homem isto, enquanto a Mulher aquilo». A Portuguesa diz «Depende». A única distinção que faz a Mulher Portuguesa é dizer, regra geral, que gosta mais dos homens do que das mulheres. E, como gostos não se discutem, é essa a única generalização indiscutível.
O pior defeito do Homem português é achar-se melhor e mais capaz que a Mulher. A maior qualidade da Mulher Portuguesa é não ligar nada a essas crassas generalizações, sabendo perfeitamente que não é verdade. Eis a primeira grande diferença: o Português liga muito à dicotomia Homem/Mulher; a Portuguesa não. O Português diz «O Homem isto, enquanto a Mulher aquilo». A Portuguesa diz «Depende». A única distinção que faz a Mulher Portuguesa é dizer, regra geral, que gosta mais dos homens do que das mulheres. E, como gostos não se discutem, é essa a única generalização indiscutível.
A Mulher Portuguesa é o
oposto do que o Homem Português pensa. Também nesta frase se confirma a ideia
de que o Homem pensa e a Mulher é, o Homem acha e a Mulher julga, o Homem
racionaliza e a Mulher raciocina. E mais: mesmo esta distinção básica é feita
porque este artigo não foi escrito por uma Mulher.
Porque é que aquilo que o
Homem pensa que a Mulher é, é o oposto daquilo que a Mulher é, se cada Homem
conhece de perto pelo menos uma Mulher? Porque o Português, para mal dele,
julga sempre que a Mulher «dele» é diferente de todas as outras mulheres (um
pouco como também acha, e faz gala disso, que ele é igual a todos os homens). A
Mulher dele é selvagem mas as outras são mansas. A Mulher dele é fogo, ciúme,
argúcia, domínio, cuidado. As outras são todas mais tépidas, parvas, galinhas,
boazinhas, compreensíveis.
Ora a Mulher Portuguesa é
tudo menos «compreensiva». Ou por outra: compreende, compreende perfeitamente,
mas não aceita. Se perdoa é porque começa a menosprezar, a perder as ilusões, e
a paciência. Para ela, a reacção mais violenta não é a raiva nem o ódio – é a
indiferença. Se não se vinga não é por ser «boazinha» – é porque acha que não
vale a pena.
A Mulher Portuguesa,
sobretudo, atura o Homem. E o Homem, casca grossa, não compreende o vexame
enorme que é ser aturado, juntamente com as crianças, o clima e os animais
domésticos. Aturar alguém é o mesmo que dizer «coitadinho, ele não passa
disto…» No fundo não é mais do que um acto de compaixão. A Mulher Portuguesa
tem um bocado de pena dos Homens. E nisto, convenhamos, tem um bocado de razão.
O que safa o Homem, para
além da pena, é a Mulher achar-lhe uma certa graça. A Mulher não pensa que este
achar-graça é uma expressão superior da sua sensibilidade – pelo contrário,
diverte-se com a ideia de ser oriundo de uma baixeza instintiva e
pré-civilizacional, mas engraçada. Considera que aquilo que a leva a gostar de
um Homem é uma fraqueza, um fenómeno puramente neuro-vegetativo ou
para-simpático – enfim, pulsões alegres ou tristemente irresistíveis, sem
qualquer valor.
E chegamos a outra característica importante. É que a Mulher Portuguesa, se pudesse cingir-se ao domínio da sua inteligência e mais pura vontade, nunca se meteria com Homem nenhum. Para quê? Se já sabe o que o Homem é? Aliás, não fossem certas questões desprezíveis da Natureza, passa muito bem sem os homens. No fundo encara-os como um fumador inveterado encara os cigarros: «Eu não devia, mas. » E, como assim é, e não há nada a fazer, fuma-os alegremente com a atitude sã e filosófica do «Que se lixe».
E chegamos a outra característica importante. É que a Mulher Portuguesa, se pudesse cingir-se ao domínio da sua inteligência e mais pura vontade, nunca se meteria com Homem nenhum. Para quê? Se já sabe o que o Homem é? Aliás, não fossem certas questões desprezíveis da Natureza, passa muito bem sem os homens. No fundo encara-os como um fumador inveterado encara os cigarros: «Eu não devia, mas. » E, como assim é, e não há nada a fazer, fuma-os alegremente com a atitude sã e filosófica do «Que se lixe».
Homens, em contrapartida,
não podiam ser mais dependentes. Esta dependência, este ar desastrado e carente
que nos está na cara, também vai fomentando alguma compaixão da parte das
mulheres. A Mulher Portuguesa também atura o Homem porque acha que «ele
sozinho, coitado; não se governava». O ditado «Quem manda na casa é ela, quem
manda nela sou eu» é uma expressão da vacuidade do machismo português. A Mulher
governa realmente o que é preciso governar, enquanto o homem, por abstracção ou
inutilidade, se contenta com a aparência idiota de «mandar» nela. Mas ninguém
manda nela. Quando muito, ela deixa que ele retenha a impressão de mandar.
Porque ele, coitado, liga muito a essas coisas. Porque ele vive atormentado
pelo terror que seria os amigos verificarem que ele, na realidade, não só na rua
como em casa não «manda» absolutamente nada. «Mandar» é como «enviar» – é
preciso ter algo para mandar e algo ao qual mandar. Esses algos são as mulheres
que fazem.
O Homem é apenas alguém
armado em carteiro. É o carteiro que está convencido que escreveu as cartas
todas que diariamente entrega. A Mulher é a remetente e a destinatária que lhe
alimenta essa ilusão, porque também não lhe faz diferença absolutamente
nenhuma. Abre a porta de casa e diz «Muito obrigada». É quase uma questão de
educação.
A imagem da «Mulher
Portuguesa» que os homens portugueses fabricaram é apenas uma imagem da mulher
com a qual eles realmente seriam capazes de se sentirem superiores. Uma
galinha. Que dizer de um homem que é domador de galinhas, porque os outros
animais lhe metem medo?
Na realidade, A Mulher
Portuguesa é uma leoa que, por força das circunstâncias, sabe imitar a voz das
galinhas, porque o rugir dela mete medo ao parceiro. Quando perdem a paciência,
ou se cansam, cuidado. A Mulher portuguesa zangada não é o «Agarrem-me senão eu
mato-o» dos homens: agarra mesmo, e mata mesmo. Se a Padeira de Aljubarrota
fosse padeiro, é provável que se pusesse antes a envenenar os pães e ir
servi-los aos castelhanos, em vez de sair porta fora com a pá na mão.
Miguel Esteves Cardoso, in ' A Causa das Coisas '
Só uma nota... as 'confeções' assim não se aplicam exclusivamente à mulher portuguesa...
Só uma nota... as 'confeções' assim não se aplicam exclusivamente à mulher portuguesa...
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Um relatório que saiu hoje…
The cumulative effects of
unemployment and austerity have led to a resurgence of poverty in Europe and a
loss of prosperity for the middle classes.
· Guarantee decent work and wages
· Tax justice
Ler na integra no https://www.oxfam.org/en/research/europe-many-not-few...
vale a pena!
A large number of EU
countries have seen increasing numbers of people falling below the poverty line
in recent years. Between 2009 and 2013 an additional 7.5 million people, across
27 EU countries, were classified as living with severe material deprivation,
with 19 countries registering an increased level. In many countries unemployment
remains very high, even as many of those lucky enough to have work see their
incomes stagnate or fall to poverty-wage levels. Women, young people and migrants
are the groups most likely to be poor.
Poverty in the EU is not
an issue of scarcity, but a problem of how resources – income and wealth – are shared.
Credit Suisse estimates that the richest one percent of Europeans (including
non-EU countries) hold almost a third of the region’s wealth, while the bottom
40 percent of the population share less than one percent of Europe’s total net
wealth.
In other words: the richest seven million people in Europe have the same
amount of wealth as the poorest 662 million people (including non-EU countries).
E as medidas propostas…
·
Strengthen institutional democracy
·
Re-invest in public services· Guarantee decent work and wages
· Tax justice
domingo, 6 de setembro de 2015
Subscrever:
Mensagens (Atom)