terça-feira, 27 de abril de 2010

Hoje...

... decidi estar sozinha… virei emérita, e fui para o sítio que sempre conseguiu dar-me tranquilidade e sossego.
Precisava de pensar, no único amigo que tinha e que ‘perdi’ há algum tempo, das coisas do dia-a-dia que não correm bem, dos problemas no trabalho e na vida em geral, do passado… e curiosamente nem me lembrei de pensar no futuro… Este está tão vazio!

Foi um dia estranho, num sítio que me apaixona pela calma que transmite…



segunda-feira, 26 de abril de 2010

Quem eu sou…

Sou uma passageira…
Embarco e desembarco sem
realmente saber qual é o instante
que realmente sou eu mesma…
Sou sonho…
A matéria é empréstimo e perece,
o sonho é eterno e permanece…
Decidi fazer do que é real, uma
ilusão e, da minha ilusão a minha mais
verdadeira realidade…
Seria como tingir a água de azul,
Por instantes desejar que minhas mãos
sejam flores e poder sentir o beijo
do beija-flor…
Já que conheço o ruido de um tiro,
me nego a aceitá-lo, prefiro ouvir
o que converam as árvores…
Outro dia diziam elas, que as estrelas
são as flores que bordam o céu…
Imaginação, loucura, ilusão…
Prefiro assim…


Naidaterra

Gracias a la vida!

A morte não é a maior perda da vida.
A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos.

Norman Cuisins

domingo, 25 de abril de 2010

25 Abril...

25 de Abril, precisa-se


Por: Agostinho Gonçalves Dias

No próximo domingo vamos mais uma vez celebrar o 25 de Abril, um movimento revolucionário que nos trouxe a democracia. Neste momento em que o senhor Presidente da República diz que temos uma economia “indesejável” e “insustentável”, e um “desemprego muito grave”, é ocasião de reflectir como é que a nossa democracia chegou a isto.

Não penso que trabalhamos pouco, ou não somos ambiciosos, pois, se assim fosse, não procurávamos outros países, onde somos bem aceites por aí criar riqueza; se trabalhássemos pouco, as empresas não investiam, não criávamos lucros. Há sim falta de visão estratégica, má gestão a até artimanhas da parte de muitos gestores; contudo, o mais grave está na organização, gestão e distribuição do que produzimos. A máquina do Estado é um monstro que absorve metade da riqueza produzida no país.
Há tempos o Correio da Manhã falava de “empresas cotadas que dão prémios milionários, chegando os gestores a receber por dia a média de 6.905 euros, 5.575 euros, 4200 euros, e um director de um banco recebeu em 2009, 1050 milhões de euros em salário, prémios e subsídios”; ao lado destes a maioria dos trabalhadores recebe o ordenado mínimo de 475 euros ou têm o salário congelado.
O próprio José Sócrates, noticiava a mesma fonte, tem um contrato com uma firma, onde gasta por ano 63 mil euros em compra de flores e mais 33.950 para manter os jardins de S. Bento. É dar muito a uns e poupar muito para outros…
De facto, se o 25 de Abril foi feito para haver mais igualdade entre todos, melhor distribuição da riqueza do país, estamos muito longe de atingir este objectivo. Há cada vez mais gente desempregada, á procura da sopa dos pobres, a mendigar pelas ruas das cidades, á procura de subsídios sociais, ao lado de todos estes que tomam as empresas de assalto, as levam à falência, e nem sabemos o que fazem a tanto dinheiro, ou vivem escandalosamente à custa do erário público.
Isto são verdades que têm que ser ditas, pois como diz Cavaco Silva “a verdade gera confiança, enquanto a ilusão é fonte de descrença”. Celebrar o 25 de Abril é confrontar a realidade com os ideais então apresentados, e fazer tudo para a aproximar daquilo que foi proclamado. Caso contrário teria sido em vão esta revolução que ainda não chegou a ser consumada na vida dos portugueses.