... acabei a minha arvore de Natal... com velinhas verdadeiras e tudo... o resto fica para amanhã...
"A vida é arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida"
domingo, 28 de novembro de 2010
sábado, 27 de novembro de 2010
Ну погоди!
Para quem vai de fim-de-semana e também para quem fica a trabalhar, aqui está um vídeo antigo… um dos poucos desenhos animados que passavam naquela altura pelos lados do sol posto… traduzido… ‘vou-te apanhar’, eram filmes sobre o lobo mau que estava sempre a perseguir um simpático coelhinho, as suas peripécias e desgostos de nunca conseguir apanha-lo…
Um pouco de boa disposição não faz mal a ninguém, né?
Um pouco de boa disposição não faz mal a ninguém, né?
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
A Felicidade e as Idades da Vida
Algo que li na net…
O que torna infeliz a primeira metade da vida, que apresenta tantas vantagens em relação à segunda, é a busca da felicidade, com base no firme pressuposto de que esta deva ser encontrável na vida: o resultado são esperanças e insatisfações continuamente frustradas. Visualizamos imagens enganosas de uma felicidade sonhada e indeterminada, entre figuras escolhidas por capricho, e procuramos em vão o seu arquétipo.
Na segunda metade da vida, a preocupação com a infelicidade toma o lugar da aspiração sempre insatisfeita à felicidade; no entanto, encontrar um remédio para tal problema é objectivamente possível. De facto, a essa altura já estamos finalmente curados do pressuposto há pouco mencionado e buscamos apenas tranquilidade e a maior ausência de dor possível, o que pode ocasionar um estado consideravelmente mais satisfatório do que o primeiro, visto que ele deseja algo atingível, e que prevalece sobre as privações que caracterizam a segunda metade da vida.
Arthur Schopenhauer, in "A Arte de Ser Feliz"
O que torna infeliz a primeira metade da vida, que apresenta tantas vantagens em relação à segunda, é a busca da felicidade, com base no firme pressuposto de que esta deva ser encontrável na vida: o resultado são esperanças e insatisfações continuamente frustradas. Visualizamos imagens enganosas de uma felicidade sonhada e indeterminada, entre figuras escolhidas por capricho, e procuramos em vão o seu arquétipo.
Na segunda metade da vida, a preocupação com a infelicidade toma o lugar da aspiração sempre insatisfeita à felicidade; no entanto, encontrar um remédio para tal problema é objectivamente possível. De facto, a essa altura já estamos finalmente curados do pressuposto há pouco mencionado e buscamos apenas tranquilidade e a maior ausência de dor possível, o que pode ocasionar um estado consideravelmente mais satisfatório do que o primeiro, visto que ele deseja algo atingível, e que prevalece sobre as privações que caracterizam a segunda metade da vida.
Arthur Schopenhauer, in "A Arte de Ser Feliz"
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Carta aberta...
... encontrada na net...
Carta de Henrique Raposo a Jorge Coelho
Carta de Henrique Raposo a Jorge Coelho
Caro Dr. Jorge Coelho, como sabe, V. Exa. enviou-me uma carta, com conhecimento para a direcção deste jornal. Aqui fica a minha resposta.
Em 'O Governo e a Mota-Engil' (crónica do sítio do Expresso), eu apontei para um facto que estava no Orçamento do Estado (OE): a Ascendi, empresa da Mota-Engil, iria receber 587 milhões de euros. Olhando para este pornográfico número, e seguindo o economista Álvaro Santos Pereira, constatei o óbvio: no mínimo, esta transferência de 587 milhões seria escandalosa (este valor representa mais de metade da receita que resultará do aumento do IVA). Eu escrevi este texto às nove da manhã. À tarde, quando o meu texto já circulava pela internet, a Ascendi apontou para um "lapso" do OE: afinal, a empresa só tem direito a 150 milhões, e não a 587 milhões. Durante a tarde, o sítio do Expresso fez uma notícia sobre esse lapso, à qual foi anexada o meu texto. À noite, a SIC falou sobre o assunto. Ora, perante isto, V. Exa. fez uma carta a pedir que eu me retractasse. Mas, meu caro amigo, o lapso não é meu. O lapso é de Teixeira dos Santos e de Sócrates. A sua carta parece que parte do pressuposto de que os 587 milhões saíram da minha pérfida imaginação. Meu caro, quando eu escrevi o texto, o 'lapso' era um 'facto' consagrado no OE. V. Exa. quer explicações? Peça-as ao ministro das Finanças. Mas não deixo de registar o seguinte: V. Exa. quer que um Zé Ninguém peça desculpas por um erro cometido pelos dois homens mais poderosos do país. Isto até parece brincadeirinha.
Depois, V. Exa. não gostou de ler este meu desejo utópico: "quando é que Jorge Coelho e a Mota-Engil desaparecem do centro da nossa vida política?". A isto, V. Exa. respondeu com um excelso "servi a Causa Pública durante mais de 20 anos". Bravo. Mas eu também sirvo a causa pública. Além de registar os "lapsos" de 500 milhões, o meu serviço à causa pública passa por dizer aquilo que penso e sinto. E, neste momento, estou farto das PPP de betão, estou farto das estradas que ninguém usa, e estou farto das construtoras que fizeram esse mar de betão e alcatrão. No fundo, eu estou farto do actual modelo económico assente numa espécie de new deal entre políticos e as construtoras. Porque este modelo fez muito mal a Portugal, meu caro Jorge Coelho. O modelo económico que enriqueceu a sua empresa é o modelo económico que empobreceu Portugal. Não, não comece a abanar a cabeça, porque eu não estou a falar em teorias da conspiração. Não estou a dizer que Sócrates governou com o objectivo de enriquecer as construtoras. Nunca lhe faria esse favor, meu caro. Estou apenas a dizer que esse modelo foi uma escolha política desastrosa para o país. A culpa não é sua, mas sim dos partidos, sobretudo do PS. Mas, se não se importa, eu tenho o direito a estar farto de ver os construtores no centro da vida colectiva do meu país. Foi este excesso de construção que arruinou Portugal, foi este excesso de investimento em bens não-transaccionáveis que destruiu o meu futuro próximo. No dia em que V. Exa. inventar a obra pública exportável, venho aqui retractar-me com uma simples frase: "eu estava errado, o dr. Jorge Coelho é um visionário e as construtoras civis devem ser o Alfa e o Ómega da nossa economia". Até lá, se não se importa, tenho direito a estar farto deste new deal entre políticos e construtores.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Para quem...
... tiver paciência, gosto e tempo de ler coisas destas... não precisamente este artigo... mas o site
http://www.portograal.no.comunidades.net/index.php?pagina=1682689029
http://www.portograal.no.comunidades.net/index.php?pagina=1682689029
domingo, 21 de novembro de 2010
Nem sei porquê…
… me lembrei delas… deve ser pelo facto de serem dos poucos ouvir nesta altura pela aquelas bandas…
Uma das descobertas...
... de hoje a tarde - Story of stuff project... - http://www.storyofstuff.com/
21 de Novembro...
Segundo a igreja ortodoxa hoje é o dia de família cristã. Está relacionado com a entrada da Maria na igreja com os seus pais, muito antes de tornar-se mãe de Jesus. A partir de agora até o dia 24 de Dezembro as regras proíbem o consumo de carne, sendo autorizado comer só alimentos vegetais. Os caramujos, mariscos, polvos, peixe são considerados como alimentos sem carne.
Este ícone está em muitas das igrejas ortodoxas.
sábado, 20 de novembro de 2010
Pura estatística…
… número de profissionais de comunicação na Cimeira da NATO
RTP - Serviço público - Credenciou 200 profissionais
SIC - Empresa privada - Credenciou 60 profissionais
TVI - Empresa privada - Credenciou 60 profissionais
Fazendo a conta 60+ 60 = 120, que é sempre menor que 200. Superior em números de pessoal e de custos e quem paga? Será a ‘crise’?
RTP - Serviço público - Credenciou 200 profissionais
SIC - Empresa privada - Credenciou 60 profissionais
TVI - Empresa privada - Credenciou 60 profissionais
Fazendo a conta 60+ 60 = 120, que é sempre menor que 200. Superior em números de pessoal e de custos e quem paga? Será a ‘crise’?
À Joséphine (Jojo)
E para acompanhar a letra, que eu só entendo com tradutor online...
Jojo,
Voici donc quelques rires
Quelques vins quelques blondes
J`ai plaisir à te dire
Que la nuit sera longue
A devenir demain
Jojo,
Moi je t`entends rugir
Quelques chansons marines
Où des Bretons devinent
Que Saint-Cast doit dormir
Tout au fond du brouillard
Six pieds sous terre Jojo tu chantes encore
Six pieds sous terre tu n`es pas mort
Jojo,
Ce soir comme chaque soir
Nous refaisons nos guerres
Tu reprends Saint-Nazaire
Je refais l`Olympia
Au fond du cimetière
Jojo,
Nous parlons en silence
D`une jeunesse vieille
Nous savons tous les deux
Que le monde sommeille
Par manque d`imprudence
Six pieds sous terre Jojo tu espères encore
Six pieds sous terre tu n`es pas mort
Jojo,
Tu me donnes en riant
Des nouvelles d`en bas
Je te dis mort aux cons
Bien plus cons que toi
Mais qui sont mieux portants
Jojo,
Tu sais le nom des fleurs
Tu vois que mes mains tremblent
Et je te sais qui pleure
Pour noyer de pudeur
Mes pauvres lieux communs
Six pieds sous terre Jojo tu frères encore
Six pieds sous terre tu n`es pas mort
Jojo,
Je te quitte au matin
Pour de vagues besognes
Parmi quelques ivrognes
Des amputés du cœur
Qui ont trop ouvert les mains
Jojo,
Je ne rentre plus nulle part
Je m`habille de nos rêves
Orphelin jusqu`aux lèvres
Mais heureux de savoir
Que je te viens déjà
Six pieds sous terre Jojo tu n`es pas mort
Six pieds sous terre Jojo je t`aime encore.
---
Jacques Brel (1929-1978)
Um dia diferente...
... a cidade estava cheia no seu vázio.... Com tantos polícias por todo o lado a cidade parecia estranha. A minha decisão de ir até o Expo já foi tomada durante a semana. Queria ver como é que seria, como é que toda a gente iria reagir…
E de alguma maneira, confesso, fiquei desiludida – nada de confusão, nada de stress, nada de caras más… A pseudo-controlo colocado em frente do centro comercial era ridículo… Na entrada de baixo, a partir de estação, estavam 4 polícias cujo trabalho era só indicar os ‘perdidos’ como eu, de que a entrada só pode ser pela parte de cima, subindo com a escada rolante. Em cima, ao ar livre, estava tudo barrado – não passavam carros, e para atravessar a rua a pé, só passando pela uma barreira simulada – 4 caixotes de lixo – e um policia o lado, sem qualquer armamento visível. Foi tudo tão cómico – pediam-me para abrir a bolsa e espreitam… that’s it.
Valem os brandos costumes e o ar descontraído de todos!
E de alguma maneira, confesso, fiquei desiludida – nada de confusão, nada de stress, nada de caras más… A pseudo-controlo colocado em frente do centro comercial era ridículo… Na entrada de baixo, a partir de estação, estavam 4 polícias cujo trabalho era só indicar os ‘perdidos’ como eu, de que a entrada só pode ser pela parte de cima, subindo com a escada rolante. Em cima, ao ar livre, estava tudo barrado – não passavam carros, e para atravessar a rua a pé, só passando pela uma barreira simulada – 4 caixotes de lixo – e um policia o lado, sem qualquer armamento visível. Foi tudo tão cómico – pediam-me para abrir a bolsa e espreitam… that’s it.
Valem os brandos costumes e o ar descontraído de todos!
Completamente vázio...
Os poucos visitantes passevam com calma...
Ainda não tinha começado...
Deu até para andar na cidade...
... e ver as luzes...
... das ruas iluminadas...
Ouvi há dias no rádio…
... e fiquei curiosa… hoje deu para cuscar um pouco por aqui… e descobri uma ‘pérolas’…
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Uma maneira estranha...
... de dizer boa noite... eu sei... mas deve ser pelo facto de as vezes ter saudades de ser criança...
domingo, 14 de novembro de 2010
O Que É Que Tem Sentido Nesta Vida...
... é uma composição do Vinicius de Moraes e Edu Lobo, mas o vídeo que descobri está em péssimo estado... fica só a letra...
O que é que tem sentido nesta vida
Não vai ser casa e comida
Cama fofa, cobertor
Não vai ser ficar mirando os astros
Ou então andar de rastros
Pelas sendas do senhor
Para muitos é o dinheiro
Ir de janeiro a janeiro
De pé no acelerador
Eu sinceramente, preferia
Uma vida de poesia
Na vigília de um amor
Há quem creia em ter status
Sair em fotos & fatos
Ter ações ao portador
Eu só acredito em liberdade
E estar sempre com saudade
De viver um grande amor
O que é que tem sentido nesta vida
Não vai ser casa e comida
Cama fofa, cobertor
Não vai ser ficar mirando os astros
Ou então andar de rastros
Pelas sendas do senhor
Para muitos é o dinheiro
Ir de janeiro a janeiro
De pé no acelerador
Eu sinceramente, preferia
Uma vida de poesia
Na vigília de um amor
Há quem creia em ter status
Sair em fotos & fatos
Ter ações ao portador
Eu só acredito em liberdade
E estar sempre com saudade
De viver um grande amor
As Sem Razões do Amor
A leitura de hoje foi diferente... poesia...
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou de mais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
Carlos Drummond de Andrade
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou de mais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
Carlos Drummond de Andrade
Este senhor tem sido…
… muito falado nos últimos dias, por causa dos 30 anos da sua carreira artística… curiosamente a canção que eu mais gosto dele é esta. Porquê? Não sei… mas é algo com que me identifico… Será pelo facto de não me lembrar do meu primeiro beijo? Ou porque acho que ainda não aconteceu?
sábado, 13 de novembro de 2010
Até ele escreveu...
... sobre o bichinho mais engraçado... claro, isso para mim
Eu não sou malvado
Não fique assustado
Com medo de mim
Eu só gostaria
De dar um tapinha
No seu chapéu jaca
Ou bem de levinho
Puxar o rabinho
Da sua casaca
Quando você caminha
Parece o Chacrinha
Lelé da caixola
E um velho senhor
Que foi meu professor
No meu tempo de escola
Pinguim, meu amigo
Não zangue comigo
Nem perca a estribeira
Não pergunte porquê
Mas todos põem você
Em cima da geladeira
Bom dia, pinguim
Onde vai assim
Com ar apressado?
Não fique assustado
Com medo de mim
Eu só gostaria
De dar um tapinha
No seu chapéu jaca
Ou bem de levinho
Puxar o rabinho
Da sua casaca
Quando você caminha
Parece o Chacrinha
Lelé da caixola
E um velho senhor
Que foi meu professor
No meu tempo de escola
Pinguim, meu amigo
Não zangue comigo
Nem perca a estribeira
Não pergunte porquê
Mas todos põem você
Em cima da geladeira
Vinicius de Moraes
Uma tarde...
... bem passada, em frente a lareira, a espera da chuva que nunca mais chega… o céu só ameaça, e bem acompanhada… pela música deste génio e um livro, que cheguei a ler alguns anos atrás e que me levou fazer uma viagem ao pais da antiga civilização… hoje apeteceu-me, mesmo que isso possa trazer-me alguma melancolia… e saudades…
É estranho, mas existe...
... Macacos das Ruas de Évora... um projecto dirigido por Gregg Moore, músico norte-americano radicado no Alentejo...
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Mais coisas do lado do sol posto...
... desejando boa noite para alguém muito especial! Claro se um dia passar por aqui...
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Cai a Chuva Abandonada
Cai a chuva abandonada
à minha melancolia,
a melancolia do nada
que é tudo o que em nós se cria.
Memória estranha de outrora
não a sei e está presente.
Em mim por si se demora
e nada em mim a consente
do que me fala à razão.
Mas a razão é limite
do que tem ocasião
de negar o que me fite
de onde é a minha mansão
que é mansão no sem-limite.
Ao longe e ao alto é que estou
e só daí é que sou.
Vergílio Ferreira
à minha melancolia,
a melancolia do nada
que é tudo o que em nós se cria.
Memória estranha de outrora
não a sei e está presente.
Em mim por si se demora
e nada em mim a consente
do que me fala à razão.
Mas a razão é limite
do que tem ocasião
de negar o que me fite
de onde é a minha mansão
que é mansão no sem-limite.
Ao longe e ao alto é que estou
e só daí é que sou.
Vergílio Ferreira
A Minha Hora...
Que horas são? O meu relógio está parado,
Há quanto tempo!...
Que pena o meu relógio estar parado
E eu não poder marcar esta hora extraordinária!
Hora em que o sonho ascende, lento, muito lento,
Hora som de violino a expirar... Hora vária,
Hora sombra alongada de convento...
Hora feita de nostalgia
Dos degredados...
Hora dos abandonados
E dos que o tédio abate sem cessar...
Hora dos que nunca tiveram alegria,
Hora dos que cismam noite e dia,
Hora dos que morrem sem amar...
Hora em que os doentes de corpo e alma,
Pedem ao Senhor para os sarar...
Hora de febre e de calma,
Hora em que morre o sol e nasce o luar...
Hora em que os pinheiros pela encosta acima,
São monges a rezar...
Hora irmã da caridade
Que dá remédio aos que o não têm...
Hora saudade...
Hora dos Pedro Sem...
Hora dos que choram por não ter vivido,
Hora dos que vivem a chorar alguém...
Hora dos que têm um sonho águia mas... ai!
Águia sem asas para voar...
Hora dos que não têm mãe nem pai
E dos que não têm um berço p'ra embalar...
Hora dos que passam por este mundo,
De olhos fechados, a sonhar...
Hora de sonhos... A minha hora
- 'Stertor's de sol, vagidos de luar -
Mas... ai! a lua lá vem agora...
- Senhora lua, minha senhora,
Mais um minuto para a minha hora,
Mais um minuto para sonhar...
Há quanto tempo!...
Que pena o meu relógio estar parado
E eu não poder marcar esta hora extraordinária!
Hora em que o sonho ascende, lento, muito lento,
Hora som de violino a expirar... Hora vária,
Hora sombra alongada de convento...
Hora feita de nostalgia
Dos degredados...
Hora dos abandonados
E dos que o tédio abate sem cessar...
Hora dos que nunca tiveram alegria,
Hora dos que cismam noite e dia,
Hora dos que morrem sem amar...
Hora em que os doentes de corpo e alma,
Pedem ao Senhor para os sarar...
Hora de febre e de calma,
Hora em que morre o sol e nasce o luar...
Hora em que os pinheiros pela encosta acima,
São monges a rezar...
Hora irmã da caridade
Que dá remédio aos que o não têm...
Hora saudade...
Hora dos Pedro Sem...
Hora dos que choram por não ter vivido,
Hora dos que vivem a chorar alguém...
Hora dos que têm um sonho águia mas... ai!
Águia sem asas para voar...
Hora dos que não têm mãe nem pai
E dos que não têm um berço p'ra embalar...
Hora dos que passam por este mundo,
De olhos fechados, a sonhar...
Hora de sonhos... A minha hora
- 'Stertor's de sol, vagidos de luar -
Mas... ai! a lua lá vem agora...
- Senhora lua, minha senhora,
Mais um minuto para a minha hora,
Mais um minuto para sonhar...
domingo, 7 de novembro de 2010
Qualquer Tempo...
Qualquer tempo é tempo.
A hora mesma da morte
é hora de nascer.
Nenhum tempo é tempo
bastante para a ciência
de ver, rever.
Tempo, contratempo
anulam-se, mas o sonho
resta, de viver...
Carlos Drummond de Andrade
A hora mesma da morte
é hora de nascer.
Nenhum tempo é tempo
bastante para a ciência
de ver, rever.
Tempo, contratempo
anulam-se, mas o sonho
resta, de viver...
Carlos Drummond de Andrade
Como Inútil Taça Cheia
Que ninguém ergue da mesa,
Transborda de dor alheia
Meu coração sem tristeza. Sonhos de mágoa figura
Só para Ter que sentir
E assim não tem a amargura
Que se temeu a fingir.
Ficção num palco sem tábuas
Vestida de papel seda
Mima uma dança de mágoas
Para que nada suceda.
Fernando Pessoa
sábado, 6 de novembro de 2010
The Human Equation...
Day Two - Isolation
[Me] I can't move, I can't feel my body
I don't remember anything
What place is this...how did I get here?
I don't understand, what's happening...
Am I alone?
[Fear] You've been deserted, everyone has left you
You know it's always been that way
Those frantic years, the people you've neglected
Now the time has come to pay
You're alone
No one here is dancing to your tune
[Me] Is this a dream or is it real?
[Reason] Sometimes the dream becomes reality
[Me] But I don't know what to feel
[Reason] Then I will guide you through this haze
[Me] But who are you, why are you here?
[Reason] I am you and you are all of us
[Me] I can't think, my mind ain't clear
[Reason] Then I will free you from this maze
[Passion] Can't you feel it burn
Deep down inside?
Won't you ever learn
Don't try to hide
Can't you feel that fire?
Scorching your soul?
A wounded man's desire
Out of control
[Pride] I can't believe you're giving up
That's not your way
I can't believe you'd pass the chance to make them pay
You've always had complete control
Never thinking twice
You always called the shots, a heart as cold as ice
[Me] You're delusions of my mind
[Reason] And so we are, we're all a part of you
[Me] Am I a part of some design?
[Reason] The one design is in your head
[Me] How can it be you look so real...
[Reason] We are as real as you imagine us
[Me] I can touch you, I can feel...
[Reason] Then take my hand and follow me
[Passion] Can't you feel it burn
Deep down inside?
Won't you ever learn
Don't try to hide
Can't you feel that fire?
Scorching your soul?
A wounded man's desire
Out of control
[Pride] I can't believe you're giving up
That's not your way
I can't believe you'd pass the chance to make them pay
You've always had complete control
Never thinking twice
You always called the shots, a heart as cold as ice
[Love] Close your eyes, listen to your heart beat
Surrender to its soothing pulse
Silence the cries, gentle and carefree
Good or bad, true or false...
You're not alone
You'll find me here whenever they oppose you
I am the strongest of them all
No need to fear these feelings that enclose you
I'm here to catch you when you fall
You're not alone
I am here dancing to your tune
[Passion] Can't you feel it burn
Deep down inside?
Won't you ever learn
Don't try to hide
Can't you feel that fire?
Scorching your soul?
A wounded man's desire
Out of control
[Pride] I can't believe you're giving up
That's not your way
I can't believe you'd pass the chance to make them pay
You've always had complete control
Never thinking twice
You always called the shots, a heart as cold as ice...
[Me] I can't move, I can't feel my body
I don't remember anything
What place is this...how did I get here?
I don't understand, what's happening...
Am I alone?
[Fear] You've been deserted, everyone has left you
You know it's always been that way
Those frantic years, the people you've neglected
Now the time has come to pay
You're alone
No one here is dancing to your tune
[Me] Is this a dream or is it real?
[Reason] Sometimes the dream becomes reality
[Me] But I don't know what to feel
[Reason] Then I will guide you through this haze
[Me] But who are you, why are you here?
[Reason] I am you and you are all of us
[Me] I can't think, my mind ain't clear
[Reason] Then I will free you from this maze
[Passion] Can't you feel it burn
Deep down inside?
Won't you ever learn
Don't try to hide
Can't you feel that fire?
Scorching your soul?
A wounded man's desire
Out of control
[Pride] I can't believe you're giving up
That's not your way
I can't believe you'd pass the chance to make them pay
You've always had complete control
Never thinking twice
You always called the shots, a heart as cold as ice
[Me] You're delusions of my mind
[Reason] And so we are, we're all a part of you
[Me] Am I a part of some design?
[Reason] The one design is in your head
[Me] How can it be you look so real...
[Reason] We are as real as you imagine us
[Me] I can touch you, I can feel...
[Reason] Then take my hand and follow me
[Passion] Can't you feel it burn
Deep down inside?
Won't you ever learn
Don't try to hide
Can't you feel that fire?
Scorching your soul?
A wounded man's desire
Out of control
[Pride] I can't believe you're giving up
That's not your way
I can't believe you'd pass the chance to make them pay
You've always had complete control
Never thinking twice
You always called the shots, a heart as cold as ice
[Love] Close your eyes, listen to your heart beat
Surrender to its soothing pulse
Silence the cries, gentle and carefree
Good or bad, true or false...
You're not alone
You'll find me here whenever they oppose you
I am the strongest of them all
No need to fear these feelings that enclose you
I'm here to catch you when you fall
You're not alone
I am here dancing to your tune
[Passion] Can't you feel it burn
Deep down inside?
Won't you ever learn
Don't try to hide
Can't you feel that fire?
Scorching your soul?
A wounded man's desire
Out of control
[Pride] I can't believe you're giving up
That's not your way
I can't believe you'd pass the chance to make them pay
You've always had complete control
Never thinking twice
You always called the shots, a heart as cold as ice...
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Dor Suprema
Um amigo me disse: «O que tu crias
É sonho e pretensão, tudo fingido;
O pranto com que a mente sã desvias
É decerto forçado e pretendido!
Em toda a canção e conto que fazes
Porquê palavra dura, amargurada?
Por que ao vero e bom não te comprazes
E, jovem, a alegria é desdenhada?»
Porque, amigo, embora seja a loucura
Ora doce, ora dor inominada,
Nunca a dor humana a dor atura
Da mente louca, da loucura ciente;
Porque a ciência ganha é completada
Com o saber dum mal sempre iminente.
Alexander Search
É sonho e pretensão, tudo fingido;
O pranto com que a mente sã desvias
É decerto forçado e pretendido!
Em toda a canção e conto que fazes
Porquê palavra dura, amargurada?
Por que ao vero e bom não te comprazes
E, jovem, a alegria é desdenhada?»
Porque, amigo, embora seja a loucura
Ora doce, ora dor inominada,
Nunca a dor humana a dor atura
Da mente louca, da loucura ciente;
Porque a ciência ganha é completada
Com o saber dum mal sempre iminente.
Alexander Search
E porque é fim-de-semana…
… fica aqui um pouco do humor alentejano…
Estava o engenheiro Sócrates em campanha pelo Alentejo, quando se depara com um alentejano a descansar...
Decide então impingir-lhe a lenga-lenga do seu discurso de campanha.
Os dois ficam ali a trocar palavras, até que Sócrates lhe pergunta:
- Se tivesse que trabalhar para o PCP, quantas horas por dia faria?
- Para o PCP ? Nem uma.
O engenheiro todo contente - este ao menos não é comuna - pensava para si.
- E para o CDS-PP, quantas horas faria ?
- Bom, para esses talvez umas 3, 4 horas diárias.
Sócrates contente continua perguntar:
- E para o PSD ?
- Ah, para esses já trabalhava umas 8, vá lá, 10 horas
- E aqui para o meu PS ?
- Oh engenheiro, trabalharia as horas que fossem necessárias, 24 sem parar!
Sócrates ficou impressionado pela dedicação que o homem mostrava.
- Assim é que é, compadre. Esforço e empenho é do que precisamos. Diga-me já agora, qual é mesmo a sua profissão?
- Sou coveiro
Estava o engenheiro Sócrates em campanha pelo Alentejo, quando se depara com um alentejano a descansar...
Decide então impingir-lhe a lenga-lenga do seu discurso de campanha.
Os dois ficam ali a trocar palavras, até que Sócrates lhe pergunta:
- Se tivesse que trabalhar para o PCP, quantas horas por dia faria?
- Para o PCP ? Nem uma.
O engenheiro todo contente - este ao menos não é comuna - pensava para si.
- E para o CDS-PP, quantas horas faria ?
- Bom, para esses talvez umas 3, 4 horas diárias.
Sócrates contente continua perguntar:
- E para o PSD ?
- Ah, para esses já trabalhava umas 8, vá lá, 10 horas
- E aqui para o meu PS ?
- Oh engenheiro, trabalharia as horas que fossem necessárias, 24 sem parar!
Sócrates ficou impressionado pela dedicação que o homem mostrava.
- Assim é que é, compadre. Esforço e empenho é do que precisamos. Diga-me já agora, qual é mesmo a sua profissão?
- Sou coveiro
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
terça-feira, 2 de novembro de 2010
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
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