Este corpo cheio de dúvidas, medos e segredos irreveláveis
Morro, cada vez que amanheço
E estremeço
Só de pensar que o dia permite mais um lampejar
Mais um pestanejar,
Mais um bracejar de asas retorcidas
Morro, na noite que me engole
Que desfaz minha presença
Que dilui minhas palavras
Num mar de sargaços
Frívolo de abraços
E estremeço
Só de pensar que o dia permite mais um lampejar
Mais um pestanejar,
Mais um bracejar de asas retorcidas
Morro, na noite que me engole
Que desfaz minha presença
Que dilui minhas palavras
Num mar de sargaços
Frívolo de abraços
Morro, depois de embater contra a indiferença
Depois de esgotar a razão
Depois… depois choro e grito murmúrios mudos
Acalentados pela loucura
De que nada temos a perder…em viver...
Homines sumus
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