domingo, 20 de maio de 2012

Acalento a morte e a vida

Morro, insisto em morrer e em reerguer
Este corpo cheio de dúvidas, medos e segredos irreveláveis


Morro, cada vez que amanheço
E estremeço
Só de pensar que o dia permite mais um lampejar
Mais um pestanejar,
Mais um bracejar de asas retorcidas


Morro, na noite que me engole
Que desfaz minha presença
Que dilui minhas palavras
Num mar de sargaços
Frívolo de abraços

Morro, depois de embater contra a indiferença
Depois de esgotar a razão
Depois… depois choro e grito murmúrios mudos
Acalentados pela loucura
De que nada temos a perder…em viver...

Homines sumus

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