segunda-feira, 25 de novembro de 2013

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Nesta noite fria e gelada...

...  sem lareira… deitei-me aqui no sofá… pode ser que assim aqueço debaixo do cobertor… lendo o livro dos poemas da Florbela Espanca, olhando as vezes para a lua cheia, que espreita pela janela… e sonhando com olhos abertos…



Eu tenho pena da Lua!
Tanta pena, coitadinha,
Quando tão branca, na rua
A vejo chorar sozinha!...

As rosas nas alamedas,
E os lilases cor da neve
Confidenciam de leve
E lembram arfar de sedas

Só a triste, coitadinha...
Tão triste na minha rua
Lá anda a chorar sozinha ...

Eu chego então à janela:
E fico a olhar para a lua...
E fico a chorar com ela! ...


(Florbela Espanca)

domingo, 17 de novembro de 2013

Estava a procura...

... de outra coisa, movida pela saudade que veio de repente, ressuscitada pela uma notícia que li… Encontrei vários vídeos, mas este vale a pena ver… até aparece a casa onde vivi…

sábado, 16 de novembro de 2013

Hoje de manhã...

… fui dar uma volta por sítios que desconhecia… Tive uma certa curiosidade… foi mesmo assim, só andar sem mapa e rumo…
Porto Brandão...

... a vista para outro lado a partir do cais...

... bonita sem dúvidas...

E depois a Trafaria...

 ... que tinha visto vezes sem fim ao passar a ponte...

 ... mas nunca tão perto...
 
... com Algés ao longe...

terça-feira, 12 de novembro de 2013

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Um artigo...

... que li durante a viagem de avião e só tinha pena que não consegui rir a vontade, nem tinha com quem comentar…

Um Dó Li Tá

Existe um Aguiar Branco e um Poiares Maduro. Porque não juntar-lhes um Colares Tinto ou um Mateus Rosé?
Perguntam-me muitas vezes por que motivo nunca falo do governo nestas crónicas e a pergunta surpreende-me sempre. Qual governo? É que não existe governo nenhum. Existe um bando de meninos, a quem os pais vestiram casaco como para um baptizado ou um casamento. Claro que as crianças lhes acrescentaram um pin na lapela, porque é giro
- Eh pá embora usar um pin?
que representa a bandeira nacional como podia representar o Rato Mickey
- Embora pôr o Rato Mickey?
mas um deles lembrou-se do Senhor Scolari que convenceu os portugueses a encherem tudo de bandeiras, sugeriu
- Mete-se antes a bandeira como o Obama
e, por estarem a brincar às pessoas crescidas e as play-stations virem da América, resolveram-se pela bandeirinha e aí andam, todos contentes, que engraçado, a mandarem na gente
- Agora mandamos em vocês durante quatro anos, está bem?
depois de prometerem que, no fim dos quatro anos, comem a sopa toda e estudam um bocadinho em lugar de verem os Simpsons. No meio dos meninos há um tio idoso, manifestamente diminuído, que as famílias dos meninos pediram que levassem com eles, a fim de não passar o tempo a maçar as pessoas nos bancos, de modo que o tio idoso, também de pin
- Ponha que é curtido, tio
para ali anda a fazer patetices e a dizer asneiras acerca de Angola, que os meninos acham divertidas e os adultos, os tontos, idiotas. Que mal faz? Isto é tudo a fazer de conta.
Esta criançada é curiosa. Ensinaram-me que as pessoas não devem ser criticadas pelos nomes ou pelo aspecto físico mas os meninos exageram, e eu não sei se os nomes que usam são verdadeiros: existe um Aguiar Branco e um Poiares Maduro. Porque não juntar-lhes um Colares Tinto ou um Mateus Rosé? É que tenho a impressão de estar num jogo de índios e menos vinho não lhes fazia mal. No lugar deles arranjava outros pseudónimos: Touro Sentado, Nuvem Vermelha, Cavalo Louco. Também é giro, também é americano, pá, e, sinceramente, tanto álcool no jardim escola preocupa-me. A ASAE devia andar de olho na venda de espirituosas a menores. Outra coisa que me preocupa é a ignorância da língua portuguesa nos colégios. Desconhecem o significado de palavras como irrevogável. Irrevogável até compreendo, uma coisa torcida, e a gente conhece o amor dos pequerruchos pelos termos difíceis, coitadinhos, não têm culpa, mas quando, na Assembleia, um deles declarou
- Não pretendo esconder nem ocultar
apesar da palermice me enternecer alarmou-me um nadita, mau grado compreender que o termo sinónimo seja complicado para alminhas tão tenras. Espíritos tortuosos ou manifestamente mal formados insinuam, por pura maldade, que os garotos mentem muito, o que é injusto e cruel. Eles, por inevitável ingenuidade, não mentem nem faltam às promessas que fazem: temos de levar em conta a idade e o facto da estrutura mental não estar ainda formada, e entender que mudar constantemente de discurso, desdizer-se, aldrabar, não possui, na infância, um significado grave. A irrealidade faz parte dos cérebros em evolução e, com o tempo, hão-de tornar-se pessoas responsáveis: não podemos exigir-lhes que o sejam já, é necessário ser tolerante com os pequerruchos, afagá-los, perdoar-lhes. Merecem carinho, não crítica, uma festa na cabecinha do garoto que faz de primeiro-ministro, outra na menina que eles escolheram para as Finanças e por aí fora. Não é com dureza desnecessária e espírito exageradamente rígido que os educamos. No fundo limitam-se a obedecer a uns senhores estrangeiros, no fundo, tão amorosos, que mal fazem eles para além de empobrecerem a gente, tirarem-nos o emprego, estrangularem-nos, desrespeitarem-nos, trazerem-nos fominha, destruírem-nos? São miúdos queridos, cheios de boa vontade, qual o motivo de os não deixarmos estragar tudo à martelada? Somos demasiado severos com a infância, enervam-nos os impetuosos que correm no meio das mesas dos restaurantes, aos gritos, achamos que incomodam os clientes, a nossa impaciência é deslocada. Por trás deles há pessoas crescidas a orientarem-nos, a quem tentam agradar como podem à custa daqueles que não podem. Os portugueses, e é com mágoa que escrevo isto, têm sido injustos com a infância. Deixem-nos estragar, deixem-nos multiplicar argoladas, deixem-nos não falar verdade: faz parte da aprendizagem das mulheres e homens de amanhã. Sigam o exemplo do Senhor Presidente da República que paternalmente os protege, não do senhor Ex-Presidente da República, Mário Soares, que de forma tão violenta os ataca e, se vos sobrar algum dinheiro, carreguem-lhes os telemóveis para eles falarem uns com os outros acerca da melhor forma de nos deixarem de tanga. Qual o problema se há tanto sol neste País, mesmo que não esteja lá muito certo de o não haverem oferecido aos alemães? E, de pin no casaco que nos fanaram, isto é, de pin cravado na pele
(ao princípio dói um bocadinho, a seguir passa)
encorajemos estes minúsculos heróis com um beijinho, cheio de ternura, nas testazitas inocentes.
António Lobo Antunes




Para uma nova semana...

domingo, 10 de novembro de 2013

No comment...

Porque estava com dor-de-cabeça…

… e farta de toda a semana, decidi ir para bem longe… conduzir sempre me ajudou pensar, encontrar rumo e recarregar forças… estranho, mas em vez de cansada, regresso sempre um pouco mais bem disposta do que quando parti.

Uma cidade bonita, pequena e limpa… toda muito organizadinha… e não fazia mínima ideia que foi o berço natal de várias figuras conhecidas… e que honra os seus antepassados…











Quase adoptei-o… mas com os outros bichinhos em casa não dá mesmo…
 

domingo, 3 de novembro de 2013

O resto da reportagem, de hoje…

… deixando agora espaço e ar para quem direito… depois dum passeio, parte a pé e outra de carro...

Esta hora estava pouco movimentada...
 
Lembro-me quando foi construída… muita gente achava estranho este ‘casamento’ com o antigo edifício…
 
  Aqui era a ‘Gruta’… o sítio onde pela 1ª vez provei lapas…

Está tão diferente…
 
  … mas o ilhéu é o mesmo…

Completamente destruído…
Mas com ideias de ficar assim, quando houver dinheiro, claro…
Gostei de ideia… troca de livros na rua entre desconhecidos…
Alguns tinham graça…
E claro que tive de fazer esta visita…

 … impressionada pelo crescimento de toda a vegetação a volta…

Depois a descida…

… percorrendo o caminho…

 … que há anos era diário…

Acabando o dia com um café…
… deixando as nuvens para trás…

Continuação dum fim-de-semana…

Depois de tomar o pequeno-almoço…
 
E dar uma volta pela cidade…
É triste ver esta loja agora
Até a florista desapareceu…
As coisas aqui mudaram também…
 
É tempo de fazer-se a estrada…
Antes de passar pelas horas…

Uma vista incomparável…
Confesso que tive algum receio que andar em cima…

Mesmo não tendo ideias suicidas…

A impressão é grande… atrai!... brrrrrrrrr…

Agora… olhando para o lado oposto… imaginei-me passar um fim-de-semana com quem eu gosto…

Pouca areia ficou… mas a agua continua boa…

Mais um sítio ‘ideal’ para quem tem vertigens…

Já não cresce mais…

Foi o 1º restaurante que visitei há mais de 30 anos atrás…
A prova não pude faltar…

A rua das pretas está triste, mesmo a noite… com o comércio todo falido… até o ‘são pedro’…