E porque se falava de amizade, que desta precisam os ‘pobres’, lembrei-me duma fábula do Esopo, que ouvi muitas vezes em criança…
Um dia dois viajantes deram de cara com um urso. O primeiro se salvou escalando uma árvore, mas o outro, sabendo que não ia consguir vencer sozinho o urso, se jogou no chão e fingui-se de morto. O urso se aproximou dele e começou a cheirar sua orelha, mas, convencido de que estava morto, foi embora. O amigo começou a descer da árvore e perguntou:
- O que o urso estava cochichando em seu ouvido?
- Ora, ele só me disse para pensar duas vezes antes de sair por aí viajando com gente que abandona os amigos na hora do perigo.
Moral da história - A desgraça põe à prova a sinceridade e a amizade
Tivesse o desencantado personagem da fábula do famoso escravo grego vivido entre o último terço do séc. XIX e a primeira década do séc. XX e poderia ter aprendido algo com francês Jules Renard, que disse não haver amigos, mas apenas momentos de amizade. Bom, mas assim, talvez nem o próprio Esopo tivesse criado esta sua fábula.
ResponderEliminarNão sei porque é que o Jules Renard foi mencionado aqui? Por ser um moralista amargo? Mas além de dizer ‘Não há amigos, apenas há momentos de amizade’, também afirma ‘Amigo é aquele que adivinha sempre quando precisamos dele’. Afinal em que ficamos?
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