Quando eu um dia decisivamente voltar a face 
daquelas coisas que só de perfil contemplei 
quem procurará nelas as linhas do teu rosto? 
Quem dará o teu nome a todas as ruas 
que encontrar no coração e na cidade? 
Quem te porá como fruto nas árvores ou como paisagem 
no brilho de olhos lavados nas quatro estações? 
Quando toda a alegria for clandestina 
alguém te dobrará em cada esquina? 
Ruy Belo, in "Aquele Grande Rio Eufrates"
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