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Os portugueses voltaram a retirar dinheiro dos certificados de aforro (CA). Foi o 32º mês consecutivo de saldo negativo entre novas subscrições e resgates, elevando para 3.800 milhões de euros a saída de capital deste produto de poupança.
Em termos líquidos, e segundo o Boletim Mensal do IGCP, saíram 272 milhões de euros dos CA. Os resgates ascenderam a 299 milhões, já o investimento neste produto foi de 27 milhões de euros.
A baixa rentabilidade deste produto de poupança é a principal justificação para a saída de investidores.
Actualmente, quem subscrever CA irá receber uma taxa de 1,496%, para os próximos três meses.
Mesmo tendo em conta os prémios de permanência, que tornam o investimento mais atractivo, os depósitos a prazo levam vantagem. O juro médio das aplicações praticadas pela banca supera os 4,5%.
A fuga de investidores deverá continuar, este mês. A projecção do Governo é de que o saldo em 2011 seja negativo em 4.000 milhões de euros. Para que essa “meta” seja atingida, basta que sejam retirados mais 200 milhões em Dezembro.
OU SEJA: O estado português pede emprestado aos bancos a 8 ou 9 ou mais %. Mas se nós quisermos emprestar directamente ao estado português - comprando certificados de aforro - o estado português reembolsa a 1,496.
Portanto nós pomos o dinheiro nos bancos (à ordem sem juros, ou a prazo aos tais 4,5%) e os bancos emprestam(nos) a 8/9 ou mais.
E isto há 32 meses que é assim... só em 2011 foram 4.000 milhões que os particulares retiraram do estado para emprestar aos bancos para que eles possam emprestar ao estado (a um diferencial de 4,5% o estado pagou 180 milhões em juros aos bancos, ou seja, NÓS OFERECEMOS aos bancos 180 milhões).
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