domingo, 7 de março de 2010

Solidão

Ó solidão! À noite, quando, estranho,

Vagueio sem destino, pelas ruas,
O mar todo é de pedra... E continuas.
Todo o vento é poeira... E continuas.
A Lua, fria, pesa... E continuas.
Uma hora passa e outra... E continuas.
Nas minhas mãos vazias continuas,
No meu sexo indomável continuas,
Na minha branca insónia continuas,
Paro como quem foge. E continuas.
Chamo por toda a gente. E continuas.
Ninguém me ouve. Ninguém! E continuas.
Invento um verso... E rasgo-o. E continuas.
Eterna, continuas... Mas sei por fim que sou do teu tamanho!

Pedro Homem de Mello

2 comentários:

  1. Moi, je suis sure que pour vous "la solitude ça n'existe pas" comment dise la chanson de Gilbert Becaud...

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  2. Pas juste! Pour être en mesure de voir quelque chose que j'ai à aider le traducteur online :(
    Et pour répondre aussi ...

    Gilbert Becaud est erronée ... peut-être jamais ressenti la solitude vrai ...

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