.... neste último domingo na Bulgária houve três motivos para festa – São Valentino (coisa desconhecida até pouco s anos, i.e. antes de era consumista), São Trifon Zaresan e um religioso.
Uma das mais conhecidas, mas também controversas e de natureza complexa das tradições do folclore búlgaro e do Canónico da Igreja Ortodoxa é St. Tryphon.
No calendário ortodoxo São Trifon é de 1 de Fevereiro (14 de Fevereiro Old Style). São Trifon é um mártir que, em 248 dC., no reinado do imperador Trajano foi decapitado com espada. Nascido na cidade Apamiya, Frígia, Ásia Menor, ele vem de uma área que é considerada a pátria da Vinha e do Vinho.
Diz a lenda que o São Trifon era simples agricultor que podava as suas vinhas, quando passou a sua irmã Virgem Maria com o Menino Jesus nos braços. Ela ia no 40 º dia de nascimento de Jesus ler uma oração na igreja. Trifon riu-se e mencionou que ela tinha um bastardo. Para puni-lo Maria foi a aldeia e contou à sua esposa de ele tinha cortado o nariz. A mulher assustada pegou em toalhas, cinzas, e graxa e fui correr para socorrer o marido. Quando chego, explicando porque é que tinha ido, o Trifon riu-se e decidiu mostrar como é que deveria ser cortada a vinha sem correr riscos - não de cima para baixo, mas sim, de baixo para cima. Ao fazer este gesto, ele realmente cortou o nariz.
Por tradição a festa decorre em três partes - primeiro é uma missa na igreja depois a poda das vinhas e no final para fechar a celebração – a festa na aldeia.
São Trifon é considerado um guardião das vinhas e é comemorado não só pelos produtores de vinho, mas também pelos jardineiros e taverneiros. De manhã cedo a dona da casa amassa pão e além disso, cozinha frango, que tradicionalmente é enchido com arroz ou bulgur. Dentro duma bolsa nova são colocados o pão, o frango e vinho e com estes sacos, nos ombros, os homens vão para a vinha fazer a poda. Todos se reúnem para escolher o "rei da vinha”. Só então começa a festa geral, com muito vinho da casa, pão fresco, castanhas assadas, nozes, avelãs, amendoim e frutos secos. O primeiro a beber é o rei e, em seguida, chama as pessoas de sua comitiva. O resto do vinho é posto dentro duma panela e benzido "Vamos lá, a boa colheita!”
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