Pranto…
Quanto
mar exterior
me ceifa vendaval!
Animal…
Ampla temeridade de perder!
Nascer para morrer…
Quanta vidaenverga a porcaria
que me venda os olhos!
Lixo aos molhos…
Furor amável dos insensatos!Quanta
vergonha enterra
os actos hipócritas
no logro dos ignorantes!
Ecos repugnantes…
Quanto
fede nos ventos!
Lamentos…
Sonhos que já ninguém escuta!
Sociedade prostituta…
Quanto
drama oculto
num vulto sem tecto!
Vida sem projecto…
Corpo absorto sem sentido!
Humano simplesmente parido…
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