quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Lido por aqui...

“Suíça ameaça cleptocracia mundial" Bloqueados 100 milhões de dólares do Presidente Angolano

 
"Há dez anos que os tribunais suíços iniciaram um longo processo para bloquear os fundos depositados nos seus bancos por ditadores e políticos corruptos de todo o mundo, cujas fortunas, por vezes colossais, foram obtidas através da espoliação de bens públicos pertencentes aos povos que governam, usando para tal os mais diversos expedientes de branqueamento de capitais.

O processo começou em 1986 com a devolução às Filipinas de 683 milhões de dólares roubados por Ferdinando Marcos, bem como a retenção dos restantes 356 milhões que constavam das suas contas bancárias naquele país.

Prosseguiu depois com o bloqueamento das contas de Mobutu e Benazir Bhutto.

Mais tarde, em 1995, viria a devolução de 1236 milhões de euros aos herdeiros das vítimas judias do nazismo. Com a melhoria dos instrumentos legais de luta contra o branqueamento de capitais, conseguida em 2003 (também em nome da luta contra o terrorismo), os processos têm vindo a acelerar-se, com resultados evidentes: 700 milhões de dólares roubados pelo ex-ditador Sani Abacha são entregues à Nigéria em 2005; dos 107 milhões de dólares depositados em contas suíças pelo chefe da polícia secreta de Fujimori, Vladimiro Montesinos, 77 milhões já regressaram ao Peru e 30 milhões estão bloqueados; os 7,7 milhões de dólares que Mobutu depositara em bancos suíços estão a caminho do Zaire; mais recentemente, foram bloqueadas as contas do presidente angolano José Eduardo dos Santos, no montante de 100 milhões de dólares. É caso para dizer que os cleptocratas deste mundo vão começar a ter que pensar duas vezes antes de espoliarem os respectivos povos. É certo que há mais paraísos fiscais no planeta, mas também é provável que o exemplo suíço contagie pelo menos a totalidade dos off-shores sediados em território da União Europeia, diminuindo assim drasticamente o espaço de manobra destas pandilhas de malfeitores governamentais.
 
No caso que suscitou este texto, o bloqueamento de 100 milhões de dólares depositados em contas de José Eduardo dos Santos, presidente de Angola há 27 anos, pergunta-se: que fez ele para se tornar o 10º homem mais rico do planeta (segundo a revista Forbes)? Trabalhou em quê para reunir uma fortuna calculada em 19,6 mil milhões de dólares? Usou-se o poder para espoliar as riquezas do povo que governa, deixando-o a viver com menos de dois dólares diários, que devem fazer os países democráticos perante tamanho crime de lesa humanidade? Olhar para o outro lado, em nome do apetite energético? Que autoridade terá, se o fizerem, para condenar as demais ditaduras e estados falhados? Olhar para o outro lado, neste caso, não significa colaborar objectivamente com a sobre-exploração indigna do povo angolano e a manutenção de um status quo antidemocrático e corrupto que apenas serve para submeter a esmagadora maioria dos angolanos a uma espécie de domínio tribal não declarado?

Na Wikipedia lê-se: "Os habitantes de Angola são, em sua maioria, negros (90%), que vivem ao lado de 10% de brancos e mestiços. A maior parte da população negra é de origem banta, destacando-se os quimbundos, os bakongos e os chokwe-lundas, porém o grupo mais importante é o dos ovimbundos. No Sudoeste existem diversas tribos de box imanes e hotentotes. A densidade demográfica é baixa (8 habitantes por quilometro quadrado) e o índice de urbanização não vai além de 12%. Os principais centros urbanos, além da capital, são Huambo (antiga Nova Lisboa), Lobito, Benguela, e Lubango (antiga Sá da Bandeira). Angola possui a maior taxa de fecundidade (número de filhos por mulher) e de mortalidade infantil do mundo. Apesar da riqueza do país, a sua população vive em condições de extrema pobreza, com menos de 2 dólares americanos por dia."

O recente entusiasmo que acometeu as autoridades governamentais e os poderes fácticos portugueses relativamente ao "milagre angolano" (crescimento na ordem dos 21% ao ano) merece assim maior reflexão e, sobretudo, alguma ética de pensamento.

Os fundos comunitários europeus aproximam-se do fim. Os portugueses, entretanto, não foram capazes de preparar o país para o futuro difícil que se aproxima. São muito pouco competitivos no contexto europeu. As suas elites políticas, empresariais e científicas são demasiadamente fracas e dependentes do estado clientelar que as alimenta e cuja irracionalidade por sua vez perpetuam irresponsavelmente, para delas se poder esperar qualquer reviravolta estratégica.

Quem sabe fazer alguma coisa e não pertence ao bloco endogâmico do poder vai saindo do país para o resto de uma Europa que se alarga, suprindo necessidades crescentes de profissionais nos países mais desenvolvidos (que por sua vez começam a limitar drasticamente as imigrações ideologicamente problemáticas): Espanha, Alemanha, Luxemburgo, Suíça, Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Noruega... No país chamado Portugal vão assim ficando os velhos, os incompetentes e preguiçosos, os indecisos, os mais fracos, os ricos, os funcionários e uma massa amorfa de infelizes agarrados ao futebol e às telenovelas, que mal imaginam a má sorte que os espera à medida que o petróleo for subindo dos 60 para 100 dólares por barril, e destes para os 150, 200 e por aí a fora...

A recente subida em flecha do petróleo e do gás natural (mas também do ouro, dos diamantes e do ferro) trouxe muitíssimo dinheiro à antiga colónia portuguesa. Seria interessante saber que efeitos esta subida teve na conta bancária do Sr. José Eduardo dos Santos. E que efeitos teve, por outro lado, nas estratégias de desenvolvimento do país. O aumento da actividade de construção já se sente no deprimido sector de obras e engenharia português. As empresas, os engenheiros e os arquitectos voam como aves sedentas de Lisboa para Luanda. É natural que o Governo português, desesperado com a dívida... e com a sombra cada vez mais pesada dos espanhóis pairando sobre os seus sectores económicos estratégicos, se agarre a qualquer aparente tábua de salvação. E os princípios? E a legalidade?

Se a saída do ditador angolano estiver para breve, ainda se poderá dizer que a estratégia portuguesa é, no fundo, uma estratégia para além de José Eduardo dos Santos. Mas se não for assim, e pelo contrário viermos a descobrir uma teia de relações perigosas ligando a fortuna ilegítima de José Eduardo dos Santos a interesses e instituições sediados em Lisboa (1), onde fica a coerência de Portugal?

Micheline Calmy-Rey, Ministra suíça dos Negócios Estrangeiros, veio lembrar a todos os europeus que tanto é ladrão o que rouba como o que fica à espreita ou cobra comissões das operações criminosas."

Assim deixam de comprar a dívida...

Chineses em Portugal apoiam Cavaco Silva porque é o que não tem a letra ‘r’ no nome

A Liga dos Chineses em Portugal manifestou publicamente o apoio a Cavaco Silva na corrida a Belém. O presidente da associação, Y Ping Chow, explicou ao IP que não tem nenhuma simpatia especial por Cavaco Silva, mas pelo menos consegue pronunciar-lhe o nome sem que os portugueses desatem a rir, ‘lazão pela qual o nosso apoio pala o suflágio não lecai no Manuel Alegle, no Felnando Noble, no Flancisco Lopes ou no Defensol de Moula”. Pela mesma razão, a Liga dos Chineses em Portugal em Portugal apoia António Costa para a liderança do PS, “e nunca o José António Segulo, o Flancisco Assis e plincipalmente, Deus Nosso Senhol nos livle!, aquele deputado solcialista que louba glavadoles, o Lucaldo Rodligues”.

... e depois queixam-se...

sábado, 15 de janeiro de 2011

Recordações...

Maternidade onde nasci hoje é um centro para delinquentes
A fonte com a agua gelada no mosteiro da cidade… para mim é quase um ritual hoje em dia
Passeando entre as casinhas das freiras…
 
A porta da casa da freira que a minha avó visitava todas as semanas…
 
Escola de artes… um dos grandes pintores das igrejas era desta cidade… 
O liceu…passava por aqui todos os dias no caminho para casa…
Os restos dos militares… a velha gloria da cidade
Achava esta casa tão bonita… na minha imaginação era a casa do príncipe…
 
A minha escola até os 13 anos de idade… 
A rua a frente de escola onde eram ensaiadas as manifestações das festas nacionias…
‘The Castle’… o hotel onde tive de dormir agora…
 
As pistas de ski vistas do centro da cidade...
E pelos vistos a primavera chegou… timidamente aparecem os primeiros ‘kokicheta’

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Estranho este sentimento…

Estou cada vez mais so… voltei há nove dias e vou de regressar amanhã para o enterro… era uma pessoa com quem cresci… muito simples, trabalhador … mais de 30 anos na mesma fabrica que produzia linho… mesmo depois do incidente no trabalho, queimado quase o corpo todo, sobreviveu, ultrapassou as dores e as operações plásticas, e voltou no mesmo sítio… Este Natal lembrou-se da ‘sua fabrica’, dos problemas, das dificuldades… era uma pessoa boa, mas rude… com carácter difícil… e isso levo-me ser injusta com ele mais uma vez… agora, há dias… sem imaginar e perceber que o fim estava tão perto… falhei de novo…

domingo, 9 de janeiro de 2011

domingo, 2 de janeiro de 2011

O meu último passeio…

… pelo parque… e o expresso no café abaixo da minha casa, que vai manter-se ‘fumador’ depois da segunda tentativa do governo introduzir a lei contra o tabagismo…

Lembro-me desta arvore… bem mais pequena
 
Imaginei como é que seria iluminados a noite, em vez daquela decoração pimba…  
Tentei perceber o significado desta escultura… 
Barcos encalhados… ou cidade abandonada… 
O parque fica tão triste…
... prefiro a Primavera… ou o Outono
 
Decoração de mal gosto…
 O que vale é a oferta, tendo em conta o preço e a qualidade… todo a 1 € 

Assim é ...

... que estava a praça antes de chegar lá…

Houve quem gravou…

Mnogaja leta (Para muitas anos…) é o cântico que por tradição é cantado na igreja desejando à todos um bom ano…

sábado, 1 de janeiro de 2011

Depois de passagem...

... do ano em casa, tinha de ser… é como diz um amigo meu ‘ o que tem de ser tem muita força’… não resisti e fui ver como é que estavam as ruas e o ambiente na praça principal, onde decorria o concerto ao ar livre com frio abaixo de zero… curioso que por ai estão quase todos na rua com a bandeira nacional, ou o cachecol do clube do coração… e como primeiro é cantado o hino … já nem me lembrava… sou mesmo uma estranha aqui..
Para quem não podia ir a rua ver o fogo…
… tive direito dentro da casa…
… e na varanda…
Para chegar a praça tive de passar pela igreja, onde os cânticos já tinham acabado

 
… e pelo jardim ainda cheio de neve…
Na praça já não estavam muitas pessoas…
… mas a bebida não faltava …

… é a música também…
... estavam lá também os ‘survakari’

Survakaneto é um costume conhecido em todo o território étnico. O ritual é um desejo de bom ano com saúde. Reunidos em grupos as crianças andam de casa em casa dos seus parentes e vizinhos, a partir de sua casa. Cada criança traz uma vara decorada, que tem um nome especial – survaknitsa, survachka, dando pequenos toques nas costas dos adultos cantando, transmitindo os desejos para o novo ano. A decoração da survachka, muitas vezes associada com o sustento básico para a região é muito diversificada - galhos entrelaçados, cordões de pipoca, uma variedade de tópicos, pães pequenos.