quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Não sei o que me impressionou mais?!

… como aprendeu a língua em tão pouco tempo, só dois anos… com uma pronúncia que quase não se reconhece… ou simplicidade e o entusiamo com que fala das coisas simples… ou integração e vontade de mudar as coisas nesta vila completamente abandonada ‘Quero que os jovens regressem’ ou talvez o facto de aventura, algo que me lembra o meu passado… ir para um pais completamente desconhecido sobre o qual os amigos avisavam ‘Nunca mais voltas com essa mafia toda lá’…
Não dá para traduzir… mas é delicioso ouvir esta portuguesa ‘perdida’ em Brestovo, uma pequena vila no norte…
… dizendo com perfeito sotaque… “A minha vida aqui é mais rica, para mim um homem rico é aquele que trata dum jardim’.

É tão triste ...

… fazer parte desta Europa velha e doente…
Segundo o jornal “The Guardian” este é o cartaz, um dos muitos que vêm sendo divulgados.
É uma referência irônica a uma insólita campanha que está sendo planeada pelo governo britânico para desestimular a chegada de romenos e búlgaros ao país a partir do ano que vem - quando os dois países passam a ser membros plenos da União Europeia.
“Não venha ao Reino Unido - aqui chove muito e os empregos são escassos e mal remunerados”. 
E a resposta do lado do sol posto não tardou...
Retirado de Associated Press:
The scaremongering is all over British tabloids: Romanians and Bulgarians (Pickpockets! Scam artists! Scroungers!) flooding into the UK by the thousands once work restrictions are lifted next year.
Tired of the stereotypes, some are striking back.
One Romanian newspaper is running ads questioning why anyone in their right mind would head for an island with bad weather and worse food, when they could stay in a country where: "Half of our women look like Kate. The other half, like her sister." — a quip about the glamorous Middleton sisters who are popular in the Romanian press.
"Our draft beer is cheaper than your bottled water," boasts a second ad in online Gandul, while another notes that Prince Charles bought a house in Romania in 2005.
Behind the tongue-in-cheek campaign is a serious message for Britain.
Romanians and Bulgarians see themselves as hard-working, skilled employees with excellent English who already contribute to Britain's economy. They say that reports they will bleed dry the welfare system once EU restrictions are lifted are both exaggerated and offensive.
"We are mocked, denigrated and made to feel like third-class citizens," said Gandul editorial director Claudiu Pandaru. "This is a humorous, good-mannered response. We want to show the British that we have two important reserves: intelligence and humor."
Bulgarian construction worker Dimitar Dimitrov, who has lived and worked in London since 2010, feels insulted. "I am a European citizen, like thousands of my compatriots here, and I don't understand why we are discriminated against. I am working probably harder than every single citizen of Her Majesty, and contributing to the economy in the UK with my taxes and social security payments," he told Bulgarian media.
In the UK, statistics show that almost 1 million Eastern Europeans have come to Britain over the past decade, and data from the 2011 census showed that Polish is now the second-most common tongue in the country. Romania and Bulgaria are the EU's poorest nations.
Britain's jingoistic tabloid press has been stoking fears of a second wave of migrants next year. The Daily Star spoke of a "migrants flood" and the Sun warned of a "border alert."
For its part, the British government has responded to such fears by saying it is considering "options" to deter a potentially huge influx of Romanians and Bulgarians. Ideas include ads explaining that new immigrants could face restrictions on what welfare benefits they can claim, or be deported if they fail to get a job.
Romanians acknowledge that some of their citizens have given the country a bad name with ATM scams, begging and pickpocketing. But they insist these cases are a minority, with most of their citizens law-abiding, taxpaying citizens.
Some British commentators have scolded their compatriots for sowing fear.
Robert Shrimsley in the Financial Times noted sardonically that "as our friends the Poles discovered, the British can tolerate anything except hardworking people who come over here to do the low-paid jobs we can't be bothered to do ourselves".

 

domingo, 27 de janeiro de 2013

Uma boa noite...

... depois dum dia de referêndum, com uma pergunta... alias duas em um... para algo que deveria ser tomado mais a sério...
 

É uma anedota...


... que recebi e achei uma delícia, além de contente por efetivamente perceber bem esta língua…

Um político que estava em plena campanha chegou a uma pequena cidade, subiu para o palanque e começou o discurso:

*Compatriotas*, *companheiros*, *amigos*! Encontrámo-nos aqui,
*convocados *, *reunidos* ou *juntos* para *debater*, *tratar* ou *discutir*
um *tópico*, *tema* ou *assunto*, o qual me parece *transcendente*,
*importante* ou de *vida ou morte*.


O *tópico*, *tema* ou *assunto* que hoje nos *convoca*, *reúne* ou *junta*
é a minha *postulação*, *aspiração* ou *candidatura*
a Presidente da Câmara deste Município.

De repente, uma pessoa do público pergunta:

- Ouça lá, porque é que o senhor utiliza sempre três palavras, para dizer a mesma coisa?

O candidato respondeu
- Pois veja, caro senhor:

A primeira palavra é para pessoas com nível cultural muito alto, como intelectuais em geral;

A segunda é para pessoas com um nível cultural médio, como o senhor e a maioria dos que  estão aqui;


A terceira palavra é para pessoas que têm um nível cultural muito baixo, pelo chão, digamos, como aquele alcoólico, ali deitado na esquina.

De imediato, o alcoólico levanta-se a cambalear e 'atira':

- Senhor *postulante*, *aspirante* ou *candidato*: (hic) o *facto*, *circunstância* ou *razão* pela qual me encontro num estado *etílico*, *alcoolizado* ou *mamado* (hic), não *implica*,*significa*, ou *quer dizer* que o meu nível (hic) cultural seja *ínfimo*, *baixo* ou mesmo *rasca* (hic). E com todo a *reverência*, *estima* ou *respeito* que o senhor me merece (hic) pode ir *agrupando*, *reunindo* ou *juntando* (hic) os seus *haveres*, *coisas* ou *bagulhos* (hic) e *encaminhar-se*, *dirigir-se* ou
*ir direitinho* (hic) à *leviana da sua progenitora*, à *mundana da sua mãe biológica* ou à *puta que o pariu*!

domingo, 20 de janeiro de 2013

Ao fim de 10 anos…

… muda a cor de ‘preto e amarelo’ para ‘ vermelho e verde’… 68 contra 69 mandados no parlamento da Baixa Saxónia...

 

As eleições...

... Niedersachen (baixa Saxónia) não estão correr bem para a Merkel...
Resultados até o momento...

Perdas e Ganhos...
 

Estive rever…

Não foi um ‘Rainy Day’…

… mas um fim-de-semana com muito vento e chuva… deu para por a leitura em dia e não só…

Andava por ai…

... e descobri esta entrevista...

A descoberta...


Cientistas russos, trabalhando em escavações em um verdadeiro cemitério de mamutes na Sibéria, dizem ter encontrado uma bactéria que pode aumentar a virilidade masculina e, até mesmo, prolongar a vida.
 
A descoberta foi apelidada de “Viagra Pré-Histórico” – testes em ratos mostraram que a bactéria melhora a energia física, a vida sexual e permite que as fêmeas fiquem grávidas em uma idade mais avançada. Os cientistas afirmaram que as bactérias têm de 5 a 3 milhões de anos de idade. E as propriedades delas são incríveis.
 
“Experimentos com organismos simples, como moscas da fruta e ratos mostram que a expectativa de vida dos animais aumenta consideravelmente” diz o professor Broushkov. “Os ratos machos tiveram sua virilidade aumentada, e as fêmeas puderam ter bebês com uma idade que seria equivalente a 70 anos para nós, humanos”.
 
“Não podemos prometer uma vacina que vá garantir a vida eterna” pondera o pesquisador “mas se pudermos aumentar a nossa expectativa de vida em 10 anos, já seria algo fantástico” conclui.


Teria...

... 70 anos ontem... sem playback e flash...
 

sábado, 19 de janeiro de 2013

Champanhe dos derrotados

Há quanto tempo aqui estamos ? Dez
marés e
cinco ondas
há uma idade perfeita para morrer
refém da areia
(ninguém escolhe nascer
nem
escolhe sua doença).
Uma ave nunca faz
outra vez
o mesmo curso
há quanto tempo aqui estamos ? A
língua do
mar é quem lambe a
depressão das pegadas
num
excesso de zelo. Quando
nada traz sentido
sempre
as ondas batem certo
há quanto tempo aqui estamos ? Mesmo a
mais perfeita vaga sempre cai
espuma na areia
onde os fracos vão beber
o
champanhe dos derrotados.

João Luís Barreto Guimarães

domingo, 13 de janeiro de 2013

Mesmo ladrão…

… continua ser simpático…

Just because appears…

...some pinguins… e o urso polar...
 

A descoberta desta semana…

Cientistas descobriram uma nova colónia de pinguins-imperador, Antártida, com 9.000 indivíduos.
A colónia foi “apanhada” por imagens de satélite, tendo os pinguins recebido já a primeira visita de humanos.

“Era quase meia-noite quando conseguimos encontrar um caminho para descer o gelo. Vimos o primeiro de cinco grupos de milhares de indivíduos. Foi um momento inesquecível".
Uma das primeiras fotos...

Os piores sitios para viver...

... por razões diferentes, claro...

 

Finalmente…

...esta noite dormi na minha caminha… já me tinha esquecido como era…
 

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A partir de Maio...

... vai aparecer uma nova edição das notas do euro...
A maior diferença entre as notas agora em circulação e aquelas que começam a ser transacionadas em Maio está relacionada com a introdução da figura da mitologia grega Europa (curiosa esta decisão, ou gozo?!), Na mitologia, Zeus assumiu a forma de touro para raptar a princesa Europa e levá-la para Creta.  

Mas terão ainda os europeus a possibilidade de ler o ‘euro’, como ‘ebpo’ ... escrito em cirílico…
 

Um artigo publicado...

... pelo José Gil no final do ano passado...

 
O roubo do presente
Nunca uma situação se desenhou assim para o povo português: não ter futuro, não ter perspetivas de vida social, cultural, económica, e não ter passado porque nem as competências nem a experiência adquiridas contam já para construir uma vida. Se perdemos o tempo da formação e o da esperança foi porque fomos desapossados do nosso presente. Temos apenas, em nós e diante de nós, um buraco negro.
 
O «empobrecimento» significa não ter aonde construir um fio de vida, porque se nos tirou o solo do presente que sustenta a existência. O passado de nada serve e o futuro entupiu.
 
O poder destrói o presente individual e coletivo de duas maneiras: sobrecarregando o sujeito de trabalho, de tarefas inadiáveis, preenchendo totalmente o tempo diário com obrigações laborais; ou retirando-lhe todo o trabalho, a capacidade de iniciativa, a possibilidade de investir, empreender, criar. Esmagando-o com horários de trabalho sobre-humanos ou reduzindo a zero o seu trabalho.
 
O Governo utiliza as duas maneiras com a sua política de austeridade obsessiva: por exemplo, mata os professores com horas suplementares, imperativos burocráticos excessivos e incessantes: stresse, depressões, patologias border-/ine enchem os gabinetes dos psiquiatras que os acolhem. É o massacre dos professores. Em exemplo contrário, com os aumentos de impostos, do desemprego, das falências, a política do Governo rouba o presente de trabalho (e de vida) aos portugueses (sobretudo jovens).
 
O presente não é uma dimensão abstrata do tempo, mas o que permite a consistência do movimento no fluir da vida. O que permite o encontro e a intensificação das forças vivas do passado e do futuro - para que possam irradiar no presente em múltiplas direções. Tiraram-nos os meios desse encontro, desapossaram-nos do que torna possível a afirmação da nossa presença no presente do espaço público.
 
Atualmente, as pessoas escondem-se, exilam-se, desaparecem enquanto seres sociais. O empobrecimento sistemático da sociedade está a produzir uma estranha atomização da população: não é já o «cada um por si», porque nada existe no horizonte do «por si». A sociabilidade esboroa-se aceleradamente, as famílias dispersam-se, fecham-se em si, e para o português o «outro» deixou de povoar os seus sonhos - porque a textura de que são feitos os sonhos está a esfarrapar-se. Não há tempo (real e mental) para o convívio. A solidariedade efetiva não chega para retecer o laço social perdido. O Governo não só está a desmantelar o Estado social, como está a destruir a sociedade civil.
 
Um fenómeno, propriamente terrível, está a formar-se: enquanto o buraco negro do presente engole vidas e se quebram os laços que nos ligam às coisas e aos seres, estes continuam lá, os prédios, os carros, as instituições, a sociedade. Apenas as correntes de vida que a eles nos uniam se romperam. Não pertenço já a esse mundo que permanece, mas sem uma parte de mim. O português foi expulso do seu próprio espaço continuando, paradoxalmente, a ocupá-lo. Como um zombie: deixei de ter substância, vida, estou no limite das minhas forças - em vias de me transformar num ser espetral. Sou dois: o que cumpre as ordens automaticamente e o que busca ainda uma réstia de vida para os seus, para os filhos, para si.
 
Sem presente, os portugueses estão a tornar-se os fantasmas de si mesmos, à procura de reaver a pura vida biológica ameaçada, de que se ausentou toda a dimensão espiritual. É a maior humilhação, a fantomatização em massa do povo português. Este Governo transforma-nos em espantalhos, humilha-nos, paralisa-nos, desapropria­-nos do nosso poder de ação. É este que devemos, antes de tudo, recuperar, se queremos conquistar a nossa potência própria e o nosso país.

 E agora chega o relatório da Troika que confirma o novo ‘fantoche’ na Europa…

O relatório no seu formato original pode encontrar-se em http://www.scribd.com/doc/119761040/Relatorio-FMI-2013.

Para fazer o download do ficheiro pode entrar com a sua conta do facebook. È interessante ler as propostas e imaginar o que nos espera … diria, ainda este ano…


Aparecem num artigo de Jornal de Negócio 2 gráficos…

 
Afinal, onde está a verdade? Ou este é um caminho pré-desenhado com fins muito claras para alguém?!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Será...

... verdade...?!
Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.


Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.


Carlos Drummond de Andrade

 

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

How to live before you die...

Sem saber o que acrescentar...
 

E mais um ano está para atras…

… só com uma grande diferença – passado no sossego de casa… com ‘sonhos’ comprados na Estrada de Benfica e tangerinas do Mercado ao lado… pão de Damaia e champanhe russo no fim…

 
Um Bom Ano com saúde e trabalho!