sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A Busca das Coisas...

Só o combate nos apraz, mas não a vitória: gostamos de ver os combates de animais, não o vencedor a encarniçar-se sobre o vencido; que desejámos ver, senão o fim da vitória? E logo que ela é alcançada, ficamos saciados. Assim no jogo, assim na busca da verdade. Gostamos de ver, nas disputas, a luta de opiniões; mas não de contemplar a verdade encontrada: para a saudarmos gostosamente temos de vê-la nascer da disputa. Do mesmo modo, nas paixões, o que dá prazer é assistir ao combate de duas contrárias; mas quando uma delas domina, tudo se reduz a brutalidade. Nunca buscamos as coisas, mas sim a busca das coisas.

Blaise Pascal


Alguma verdade...

... está aqui.

Ser é Escolher-se

Para a realidade humana, ser é escolher-se: nada lhe vem de fora, nem tão-pouco de dentro, que possa receber ou aceitar. Está inteiramente abandonada, sem auxílio de nenhuma espécie, à insustentável necessidade de se fazer ser até ao mais ínfimo pormenor. Assim, a liberdade não é um ser: é o ser do homem, quer dizer, o seu nada de ser. (...)
O homem não pode ser ora livre, ora escravo; ele é inteiramente e sempre livre, ou não é....

Jean-Paul Sartre

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Pura coincidência…

… ou inversão de número… It’s just a film , mas não consigo ver… too scary…
Está dar na ainda RTP1…
The story captivates Walter: he dreams it, he notices aspects of his life that can be rendered by "23," he searches for the author, he stays in the hotel (in room 23) where events in the novel took place, and he begins to believe it was no novel. His wife and son try to help him, sometimes in sympathy, sometimes to protect him. Slowly, with danger to himself and to his family, he closes in on the truth...

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Breves São os Anos ...

No breve número de doze meses
O ano passa, e breves são os anos,
Poucos a vida dura.
Que são doze ou sessenta na floresta
Dos números, e quanto pouco falta
Para o fim do futuro!
Dois terços já, tão rápido, do curso
Que me é imposto correr descendo, passo.
Apresso, e breve acabo.
Dado em declive deixo, e invito apresso.
O moribundo passo.

Ricardo Reis

domingo, 26 de agosto de 2012

Vivo uma Vida que não Quero nem Amo...

Súbdito inútil de astros dominantes,
Passageiros como eu, vivo uma vida
Que não quero nem amo,
Minha porque sou ela,

No ergástulo de ser quem sou, contudo,
De em mim pensar me livro, olhando no alto
Os astros que dominam
Submissos de os ver brilhar.

Vastidão vã que finge de infinito
(Como se o infinito se pudesse ver!) —
Dá-me ela a liberdade?
Como, se ela a não tem?

Ricardo Reis

Navio que Partes para Longe...

Navio que partes para longe,
Porque é que, ao contrário dos outros,
Não fico, depois de desapareceres, com saudades de ti?
Porque quando te não vejo, deixaste de existir.
E se se tem saudades do que não existe,
Sente-se em relação a coisa nenhuma,
Não é do navio, é de nós, que sentimos saudades

Alberto Caeiro

Quem tiver...

...saudades da música dos Beatles, dos anos loucos de 70 e os protestos ani-guerra vale ver o film Across de Universe…

"Mutti"

...  muss Kanzlerin bleiben...
É o desejo (‘mamã’ tem de continuar como Chanceler) de quem confia nela – 57%

Assim a bola de cristal vai continuar de privilegiar os eleitos na Europa.  

Quem viu a lua...

... tão perto, Neil Armstrong morreu feliz... imagino eu..

sábado, 25 de agosto de 2012

I begin to dream ...

... with barely open eyes tonight
A quiet melody, it sings to me, asleep I fall
With whispered songs of hope that come toward my ears and stick inside my head
And hold at bay the fear, the droplets on the pane reverberate the same thing…



Good night...

O livro que vou…

… procurar, depois de acabarem as confusões cá em casa..

Subscrevo…

Eu conheci assim...





Vida curta…

Se o ‘engenheiro’ cumprir as suas funções…

"Parece que o Governo não contratou consultores jurídicos e económicos, contratou também um engenheiro de minas para dinamitar o serviço público de televisão porque é isso que significa a proposta. É acabar por completo, acabar à bomba política, um serviço público", denunciou o presidente do Sindicato dos Jornalistas.

E para quem quer ficar com alguma memória depois de tudo desaparecer...

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

As últimas daqui...

Moskvicht… um carro dos anos 60
Vitosha ao fundo do investimento presidencial…
Com este aparelho mecânico ainda se validam os bilhetes nos transportes públicos… Não tenho dúvidas – tem mais de 30 anos, um sobrevivente!
Ainda resiste a mudança…
Degradação… era uma vez uma fábrica
Nos tempos passados era uma prima dona… Fabrica de automática e telemecânica… hoje quase abandonado
TEZ – quer dizer central de aquecimento – fornece metade de capital com agua quente e aquecimento central
Uma estranha maneira de completar a centralização do ar-condicionado…
Um refúgio nas montanhas do qual usufrui só durante ao almoço…
A minha avó tinha uma coisa destas – utensilio para fazer a manteiga caseira...
E por fim… a delícia dos locais…
Cabeça cozida de cordeiro

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Não foi difícil...

... escolher para quem torcer no jogo de voleibol desta noite…
E tendo em conta as confusões que houve um pouco antes da Olimpíadas com o treinador (abandonou a equipa 1 mês antes por desentendimento com a federação), tal como o jogador nº1… coisas que fiquei saber aqui… Derrotados foram os antigos aliados… e os próximos também serão?

Que saudades...

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Diz...

'leka spokoina noscht', que significa 'boa e calma noite!...

Today...

 ... it has to be with a lot of bicas… que aqui não há...

E ainda...

... ouvir música até conseguir fechar os olhos para descansar do calor....

E mais...

Falta

Se ficar por aqui mais um instante
chorarei a ausência que permanece
memória que me assiste
quando me perco
falta que invade meu corpo
bem no meio do coração
um sorriso como se fosse outro abraço
desligo a luz
invento o infinito
que nunca teve início nem fim
por dentro de mim
um beijo que não encontra pouso

O que fazer, quando não se consegue dormir…

... Ler…

Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
Quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão,
Quem prefere O "preto no branco"
E os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis,
Justamente as que resgatam brilho nos olhos,
Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da Chuva incessante,
Desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
E não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o
Simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!
  Pablo Neruda

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Deveria ter...

… ficado em casa L Está um calor insuportável… de dia e noite… dormir? Com poeira, cheiro e calor… não tenho veia de mártir… e ainda menos de masoquista... Neste momento, as 10 de noite devem estar 30 e tal graus…

domingo, 5 de agosto de 2012

A História da Humanidade em Três Palavras

Felipe lembrou-se da história do Rei do Oriente que, desejando conhecer a história da humanidade, recebeu de um sábio quinhentos volumes; ocupado com negócios de Estado, pediu-lhe que a condensasse. Ao cabo de vinte anos, o sábio voltou e a sua história ocupava agora apenas cinquenta volumes; mas o rei, já velho demais para ler tantos livros volumosos, pediu-lhe que a fosse abreviar mais uma vez. Passaram-se de novo vinte anos, e o sábio, velho e encanecido, trouxe um único volume com os conhecimentos que o rei procurara; este, porém, estava deitado no seu leito de morte, nem tinha mais tempo de ler sequer aquilo. Aí o sábio deu-lhe a história da humanidade numa única linha: "Nasceram, sofreram, morreram".

William Somerset Maugham "A Servidão Humana"

Não Digas Nada!

Não digas nada!
Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade em nada se dizer
E tudo se entender —
Tudo metade
De sentir e de ver...
Não digas nada
Deixa esquecer

Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada...
Mas ali fui feliz
Não digas nada.

Fernando Pessoa

A estação preferida…

… dos mestres que agora sou ‘obrigada’ ouvir de manhã bem cedinho até a noite…. http://ng.btv.bg/melodyplayer/ ... passa todo o tipo de música, algo parecido a Nostalgia.

sábado, 4 de agosto de 2012

Nada Tem Sentido

Nos altos ramos de árvores frondosas
O vento faz um rumor frio e alto,
Nesta floresta, em este som me perco
E sozinho medito.

Assim no mundo, acima do que sinto,
Um vento faz a vida, e a deixa, e a toma,
E nada tem sentido — nem a alma
Com que penso sozinho.

Ricardo Reis

Um pouco sobre…

… a experiência culinária das miniférias.
Além de comer ao pequeno-almoço …

E salada grega com queijo feta em fatia…
Provei ainda camarão com molho de tomate e queijo feta… que gosto estranho! mas não foi tão mal…diria ‘comestível’
Só que o mesmo molho, sem o queijo, acompanhava the meat balls…
E por fim a sardinha grelhada, que não tinha nada de sardinha, só se for de lata… 
As sobremesas são turcas… dizem agora ‘balcânica’
São tão doces que conseguem colar os dedos …
Não fosse o ‘airan’… hmmmm… iogurte liquido, ligeiramente acido… a acompanhar  o doce…

A 1ª parte da história…

Já conhecia…

O British Hospital  pertence ao Grupo Português de Saúde desde o início dos anos 1980. O Grupo Português de Saúde pertence ao universo da Sociedade Lusa de Negócios, a tal que tinha um banco dentro. Exatamente: o BPN.
O banco serviu para financiar a compra do British. Um fiasco. Entre 1999 e 2009, o British recuou de uma média anual de 12 mil consultas para cerca de 1800. Entre 2004 e 2007, o presidente do Grupo Português de Saúde foi o economista José António Mendes Ribeiro, o qual, quando saiu do grupo, deixou um passivo de perto de cem milhões de euros.
Pois foi precisamente José António Mendes Ribeiro que o ministro da Saúde, Paulo Macedo, foi buscar para coordenar o grupo de trabalho que vai propor os cortes a aplicar no Serviço Nacional de Saúde. 

Triste....

O Valor do Homem para a Mulher...

Se se diz a uma mulher que certo homem é inteligente, ela escreve mentalmente um zero. Se se diz que é culto, ela escreve outro zero.
Se acrescentarmos que é belo, amável, com boa reputação social e tudo o mais que se quiser, ela acrescenta outros zeros.
Se finalmente se confidenciar que ele é bom na cama, ela escreve um 1 antes dos zeros todos.
Tenho ideia de ter lido qualquer coisa de semelhante a esta conta não sei onde. Mas como não sei onde, façamos de conta que a conta é minha. Porque de qualquer modo, é exata.

Vergílio Ferreira, in "Conta-Corrente 2"

Estar fechada em casa...

... de férias a aturar mestres e com televisão parva, só resta navegar pela net…

A Portugalite

Entre as afecções de boca dos portugueses que nem a pasta medicinal Couto pode curar, nenhuma há tão generalizada e galopante como a Portugalite. A Portugalite é uma inflamação nervosa que consiste em estar sempre a dizer mal de Portugal. É altamente contagiosa (transmite-se pela saliva) e até hoje não se descobriu cura.

A Portugalite é contraída por cada português logo que entra em contacto com Portugal. É uma doença não tanto venérea como venal. Para compreendê-la é necessário estudar a relação de cada português com Portugal. Esta relação é semelhante a uma outra que já é clássica na literatura. Suponhamos então que Portugal é fundamentalmente uma meretriz, mas que cada português está apaixonado por ela. Está sempre a dizer mal dela, o que é compreensível porque ela trata-o extremamente mal. Chega até a julgar que a odeia, porque não acha uma única razão para amá-la. Contudo, existem cinco sinais — típicos de qualquer grande e arrastada paixão — que demonstram que os portugueses, contra a vontade e contra a lógica, continuam apaixonados por ela, por muito afectadas que sejam as «bocas» que mandam.

Em primeiro lugar, estão sempre a falar dela. Como cada português é um amante atraiçoado e desgraçado pela mesma mulher, é natural que se junte aos demais para chorar a sua sorte e vilipendiar a causa comum de todos os seus males. Assim sempre se vão consolando uns aos outros. Bebem uns copos, chamam-lhes uns nomes, e confortam-se todos com o facto de não sofrerem sozinhos. Às vezes, para acentuar a tristeza, recordam-se dos bons velhos tempos em que Portugal, hoje megera ingrata que se vende na via (e na vida) pública, era uma namorada graciosa e senhora respeitada em todos os continentes. E, quando dez milhões de lágrimas caem para dentro do vinho tinto que seguram nas mãos, todos abanam as cabeças, dizendo em uníssono «e hoje é o que se sabe...».

Não é só o facto de não saberem nem poderem falar noutra coisa que prova a existência duma paixão. Como qualquer apaixonado arrependido, o português acha Portugal má como as cobras, mas... lindíssima. O facto de ser tão bonita de cara (as paisagens, as aldeias, a claridade, o clima) só torna a paixão mais trágica. O contraste entre a beleza à superfície e a vileza subterrânea dá maior acidez às lágrimas. É por isso que só há um tabu naquilo que se pode dizer de Portugal. Pode dizer-se que é bárbara e miserável, traiçoeira e ingrata, e tudo o mais que há de aviltante que se queira. O que não se pode dizer é «Portugal é um país feio». Nunca. Também neste aspecto se comprova a paixão.

Em terceiro lugar, os portugueses só deixam que outros portugueses digam mal de Portugal. Só quem sofreu nos braços dela (e que ela vai tratando ignobilmente a seu bel-prazer, por saber que nunca lhe hão-de fugir), se pode legitimamente queixar. Isto porque Portugal, sendo uma lindíssima meretriz, engata os estrangeiros descaradamente, desfazendo-se em encantos e seduções para com eles. Esta ideia exprime-se no dogma nacional que reza «Isto é bom é para os turistas», como quem diz «A viciosa da minha mulher a mim não me dá nada, mas atira-se a qualquer estranho que lhe apareça à frente». Qualquer estrangeiro que tenha a ousadia e o mau gosto de se fazer esquisito frente aos avanços despudorados de Portugal está condenado ao maior desagrado de todos.

Esta atitude é lógica, porque só há uma coisa pior do que se ser atraiçoado por quem se ama — é não se ser atraiçoado só porque o outro a acha feia e não a quer. À traição da mulher junta-se o insulto do outro, ao não achá-la sequer digna de um pequenino adultério. É como dizer-nos: «Não só estás apaixonado por uma pega, como ela é feia como breu.»

Os estrangeiros que nos visitam nunca compreendem isto. Lêem e ouvem dizer por todo o lado as maiores infâmias acerca de Portugal e não percebem porque é que todos lhe caem em cima no momento em que ele se atreve a dizer que um pastel de nata não está fresco, ou que tem a impressão de ter sido enganado no troco por um motorista de táxi.

Em quarto lugar, apesar do português passar o tempo a resmungar e a queixar-se quando está perto de Portugal, sabe-se o que lhe acontece quando está há muito tempo longe dela. Os grunhidos transformam-se em gemidos e as piscadelas de olho já não vencem senão lágrimas. E pensa invariavelmente: «Portugal é uma bruxa, mas antes mal tratada por ela do que bem por outra donzela...»

Em quinto e último lugar (e o «Quinto» não é fortuito), temos a derradeira prova da paixão do português por Portugal. Tem a ver com a ideia que ele tem do que Portugal podia ser. Para cada português, «isto podia ser o melhor país do mundo se...» (Segue-se uma condição invariavelmente impossível de se cumprir). A miragem deste país potencial é um paraíso que agrava substancialmente o inferno que os portugueses já supõem aturar. Isto porque os portugueses graças a Deus, têm expectativas elevadíssimas. Nada abaixo do Quinto-Império pode garantir satisfazê-los. Nenhum português se contenta, por exemplo, só com pertencer à Europa. Aliás, só começaria a contentar-se caso fosse a Europa toda a pertencer a Portugal. (E mesmo assim, qual não seria o português, com um cepticismo que provém de um longo e civilizadíssimo cansaço cultural, que não desconfiasse logo que «isto agora da Europa pertencer a Portugal traz água no bico, com certeza...?»)

Estas expectativas insaciáveis revelam-se na saudável mania que têm os portugueses de comparar Portugal só com a pequena minoria de países que se encontram em muito melhor situação. Para um português, Portugal é o país mais pobre do mundo. Isto é, do mundo «que interessa». Se lhe falarmos nos demais 75% que estão piores que nós, diz logo: «Está bem, mas isso nem se fala...» Nem é preciso ser a Nicarágua ou o Bangladesh — basta mencionar a Grécia ou a Turquia para ele se virar para nós com ar despeitoso e incrédulo e dizer: «Ó filho, está bem, mas isso...»

É curioso notar que a Espanha goza de um estatuto especial nestas comparações. Nem conta como «melhor» nem «pior». A Espanha é sempre até, e a frase «Até na Espanha...» tem o significado precioso de chamar a atenção para um país reconhecidamente rasca onde, neste ou naquele aspecto, já estão escandalosamente melhores do que em Portugal. De qualquer modo, os espanhóis não são como nós. Acham, por exemplo, que é motivo de orgulho ser-se espanhol. Nisso pelo menos, estão muito piores que nós. Entretanto, compreende-se que o difícil não é amar Portugal — o difícil é deixar de amá-lo, também porque é sempre difícil nós sermos felizes.

Miguel Esteves Cardoso, in 'A Causa das Coisas'

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O último dia…

… foi preenchido com passeio pela Tessalónica, que achei muito degradada, suja, mas com muitas obras públicas… a começar pela construção do metro. Como disse um taxista – ‘Estamos sem dinheiro, quase em bancarrota, mas vamos ter metro para esta cidade pequena (não tem meio milhão de habitantes) … mas dinheiro para os bolsos de alguém’


Praça central – Aristóteles
… e mesmo ao lado…
… no início do mercado aberto, onde pode-se encontrar de tudo…

... começando pelo peixe...

… borrego ao ar livre
... aqui não há ASAE

… grande escolha de azeitonas…
 
... roupa, malas, sapatos... e sei lá o que mais...
 
E o último passeio pela cidade, incluiu...
 
A igreja do São Demétrio Mirotochivi , que devido o seu poder milagroso é venerado como o padroeiro de Salónica. Na iconografia, St. Demetrius é retratado como um santo guerreiro, apresentado como um dos cavaleiros do apocalipse -, ele monta um cavalo vermelho, matando o símbolo do mal. A vítima nos ícones gregos era o czar búlgaro Kaloyan, visto que os ortodoxos gregos acreditam que quem salvou Salónica em 1207, quando a cidade estava cercada pelas tropas búlgaras e prestes a cair, foi o St. Demetrius matando Kaloyan (esse foi traído e assassinado  pelo  seu próprio comandante cumano, seu aliado).
Os restos mortais do St. Dimitrius guardadas dentro da igreja… 
As ruas estão cheias de carros estacionados, que parecem parados há dias… 
 ... e finalmente passei a fronteira...