domingo, 25 de março de 2012

Boa semana de trabalho...

Boa noite...

Voz invejável...



... tendo em conta a idade...

Realidade portuguêsa...


Assim será o contribuinte em 2013

Saber resistir...

... exemplo da jovem atleta Heather Dorniden...

Há palavras que nos beijam

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
 Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)
 Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O’Neill.

Good Morning...

História difirente?!

quarta-feira, 21 de março de 2012

Sleep well...

Dia mundial de poesia...

Lágrimas Ocultas

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...

E a minha triste boca dolorida
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!

E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...

E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!

Florbela Espanca

Os ombros suportam o mundo
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.

Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
Carlos Drummond de Andrade

A Dream Within A Dream

Take this kiss upon the brow!
And, in parting from you now,
Thus much let me avow--
You are not wrong, who deem
That my days have been a dream;
Yet if hope has flown away
In a night, or in a day,
In a vision, or in none,
Is it therefore the less gone?
All that we see or seem
Is but a dream within a dream.

I stand amid the roar
Of a surf-tormented shore,
And I hold within my hand
Grains of the golden sand--
How few! yet how they creep
Through my fingers to the deep,
While I weep--while I weep!
O God! can I not grasp
Them with a tighter clasp?
O God! can I not save
One from the pitiless wave?
Is all that we see or seem
But a dream within a dream?

Edgar Allan Poe

segunda-feira, 19 de março de 2012


Rain has fallen all the day.
O come among the laden trees:
The leaves lie thick upon the way
Of memories.

Staying a little by the way
Of memories shall we depart.
Come, my beloved, where I may
Speak to your heart.

James Joyce

Poesias de Florbela Espanca...

Sátira aos homens quando estão com gripe

Pachos na testa, terço na mão,
Uma botija, chá de limão,
Zaragatoas, vinho com mel,
Três aspirinas, creme na pele
Grito de medo, chamo a mulher.
Ai Lurdes que vou morrer.
Mede-me a febre, olha-me a goela,
Cala os miúdos, fecha a janela,
Não quero canja, nem a salada,
Ai Lurdes, Lurdes, não vales nada.
Se tu sonhasses como me sinto,
Já vejo a morte nunca te minto,

Já vejo o inferno, chamas, diabos,
Anjos estranhos, cornos e rabos,
Vejo demónios nas suas danças

Tigres sem listras, bodes sem tranças

Choros de coruja, risos de grilo
Ai Lurdes, Lurdes fica comigo
Não é o pingo de uma torneira,
Põe-me a Santinha à cabeceira,
Compõe-me a colcha,
Fala ao prior,
Pousa o Jesus no cobertor.


Chama o Doutor, passa a chamada,
Ai Lurdes, Lurdes nem dás por nada.
Faz-me tisana e pão de ló,
Não te levantes que fico só,
Aqui sozinho a apodrecer,
Ai Lurdes, Lurdes que vou morrer


António Lobo Antunes

O tempo...


Não sei o que é o tempo
Não sei qual a verdadeira medida que ele tem, se tem alguma.
A do relógio sei que é falsa, divide o tempo especialmente, por fora.
A das emoções sei também que é falsa:
divide não o tempo, mas a sensação dele.

 A dos sonhos é errada; neles roçamos o tempo,
uma vez prolongadamente, outra vez depressa,
E o que vivemos é apressado ou lento
conforme qualquer coisa do decorrer cuja natureza ignoro.
Julgo, às vezes, que tudo é falso,
e que o tempo não é mais que uma moldura
para enquadrar o que lhe é estranho.
Fernando Pessoa

Uma boa semana...

domingo, 18 de março de 2012

Lido por ai...

Demita-se, senhor Primeiro-Ministro
Nicolau Santos, na sua habitual coluna do semanário Expresso, desnudava a alma, com estes termos:

Sr. primeiro-ministro, depois das medidas que anunciou sinto uma força a crescer-me nos dedos e uma raiva a nascer-me nos dentes. Também eu, senhor primeiro-ministro. Só me apetece rugir!...
O que o Senhor fez, foi um Roubo! Um Roubo descarado à classe média, no alto da sua impunidade política! Por isso, um duplo roubo: pelo crime em si e pela indecorosa impunidade de que se revestiu. E, ainda pior: Vossa Excelência matou o País!

Invoca Sua Sumidade, que as medidas são suas, mas o déficite é do Sócrates! Só os tolos caem na esparrela desse argumento. O déficite já vem do tempo de Cavaco Silva, quando, como bom aluno que foi, nos anos 80, a mando dos donos da Europa, decidiu, a troco de 700 milhões de contos anuais, acabar com as Pescas, a Agricultura e a Industria.

Farisaicamente, Bruxelas pagava então, aos pescadores para não pescarem, e aos agricultores para não cultivarem. O resultado foi uma total dependência alimentar, uma decadência industrial e investimentos faraónicos no cimento e no alcatrão.

Bens não transacionáveis, que significaram o êxodo rural para o litoral, corrupção larvar e uma classe de novos muitíssimo-ricos. Toda esta tragédia, que mergulhou um País numa espiral deficitária, acabou, fragorosamente, com Sócrates. O déficite é de toda esta gente, que hoje vive gozando as delícias das suas malfeitorias. E você é o herdeiro e o filho predileto de todos estes que você, agora, hipocritamente, quer pôr no banco dos réus?
Mas o Senhor também é responsável por esta crise. Tem as suas asas crivadas pelo chumbo da sua própria espingarda. Porque deitou abaixo o PEC4, de má memória, dando asas aos abutres financeiros para inflacionarem a dívida para valores insuportáveis e porque invocou como motivo para tal chumbo, o caráter excessivo dessas medidas.

Prometeu, entretanto, não subir os impostos. Depois, já no poder, anunciou como excecional o corte no subsídio de Natal. Agora, isto! Ou seja, de mentira em mentira, até a este colossal embuste, que é o Orçamento Geral do Estado.
Diz Vossa Eminência que não tinha outra saída. Ou seja, todas as soluções passam pelo ataque ao Trabalho e pela defesa do Capital Financeiro. Outro embuste. Já se sabia no que resultaram estas mesmas medidas na Grécia: no desemprego, na recessão e num déficite ainda maior.

Pois o senhor, incauto e ignorante, não se importou de importar tão assassina cartilha. Sem Economia, não há Finanças, deveria saber o Senhor. Com ainda menos Economia (a recessão atingirá valores perto do 5% em 2012), com muito mais falências e com o desemprego a atingir o colossal valor de 20%, onde vai Sua Sabedoria buscar receitas para corrigir o déficite?
Com a banca descapitalizada (para onde foram os biliões do BPN?), como traçará linhas de crédito para as pequenas e médias empresas, responsáveis por 90% do desemprego?

O Senhor burlou-nos e espoliou-nos. Teve a admirável coragem de sacar aos indefesos dos trabalhadores, com a esfarrapada desculpa de não ter outra hipótese. E há tantas! Dou-lhe um exemplo: o Metro do Porto. Tem um prejuízo de 3.500 milhões de euros, é todo à superfície e tem uma oferta 400 vezes!!! superior à procura. Tudo alinhavado à medida de uns tantos autarcas, embandeirados por Valentim Loureiro.
Outro exemplo: as parcerias publico-privadas, grande sugadouro das finanças públicas. Outro exemplo: Dizem os estudos que, se V. Ex.ª cortasse, na mesma percentagem, os rendimentos das 10 maiores fortunas de Portugal, ficaríamos aliviadinhos de todo, desta canga deficitária. Até porque foram elas, as grandes beneficiárias desta orgia grega que nos tramou.

Estaria horas, a desfiar exemplos e Você não gastou um minuto em pensar em deslocar-se a Bruxelas, para dilatar no tempo, as gravosas medidas que anunciou, para Salvar Portugal!
Diz Boaventura de Sousa Santos que o Senhor Primeiro-Ministro é um homem sem experiência, sem ideias e sem substrato académico para tais andanças. Concordo! Como não sabe, pretende ser um bom aluno dos mandantes da Europa, esperando deles, compreensão e consideração.

Genuína ingenuidade! Com tudo isto, passou de bom aluno, para lacaio da senhora Merkel e do senhor Sarkhozy, quando precisávamos, não de um bom aluno, mas de um Mestre, de um Líder, com uma Ideia e um Projeto para Portugal.
O Senhor, ao desistir da Economia, desistiu de Portugal! Foi o coveiro da nossa independência. Hoje, é, apenas, o Gauleiter de Berlim.

Demita-se, senhor primeiro-ministro, antes que seja o Povo a demiti-lo.

quinta-feira, 8 de março de 2012

terça-feira, 6 de março de 2012

Noite...

Love unlimited

Esta canção será arepresentada como canção búlgara no festival de Eurovisão deste ano o que tem levantado alguma polémica aqui… até neste momento no 1º canal estão em ‘referendum’ – bem ou má escolha.
A artista é a Sofi Marinova e sobre ela a wikipédia diz… is a pop-folk and ethno-pop singer of Romani heritage. She is one of the most popular singers, famed for her extreme five-octave vocal range, and she is often called "the Romani pearl" and "the Romani nightingale".

sexta-feira, 2 de março de 2012

Baba Marta - 1º de Março

É uma tradição muito antiga - a Primavera chega com a Baba Marta. Março é o único mês considerado feminino, é o mês da concepção da Primavera e da terra, dos quais vão nascer o verão e a boa colheita.
O símbolo deste mês é a martenizata, um símbolo do renascer e o culto ao sol. A cor branca da marteniza simboliza a vida longa, a a vermelha – saúde e força.
Ela deve ser removida só depois de ver uma andorinha ou uma cegonha, colocando-a numa árvore. Em algumas regiões do país colocam a marteniza debaixo duma pedra e depois de nove dias fazem ser advinhas. Se debaixo da pedra encontrarem formigas, o ano será rico, se houver outros bichinhos vão nascer muito gado bovino, se encontrarem vermes, então serão muitos cavalos.
Muitas pessoas escolham um dia de 01 a 22 de Março e se o dia estiver ensolarado ano será bem sucedido. Se chover ou mal tempo então o ano será de muitas dificuldades.