quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Noch ist Portugal nicht verloren - Portugal ainda não está perdido

Hoje ouvi falar nesta entrevista, cuja tradução coloco aqui… Conclusões? Cada um tira-os…
Os mercados já colocaram de fora Portugal. Mas o representante do FMI em Lisboa está confiante de que o país, altamente endividado, ainda consegue voltar ao mercado de capitais.
Os mercados financeiros acreditam, que depois da Grécia é Portugal que está à beira da solvência - e ainda este ano vai precisar de um novo pacote de resgate ou tentar a perdão de parte da dívida. Se as conversações falharem em Atenas, Portugal pode ser o próximo, alertou na quinta-feira em Frankfurt o CEO Banco Alemão, Josef Ackermann. Clemens Fuest, especialista em finanças de Oxford, em entrevista com Handelsblatt avançou: "Quando a Grécia ficar fora de foco, a discussão vai concentrar-se sobre Portugal." À esta previsão, o Albert Hunter, representante do Fundo Monetário Internacional em Lisboa contrapõe “O programa de remodelação do governo português prevê a base para um retorno ao mercado de capital do país”.

Handelsblatt: O Governo Português atingiu o seu objectivo para o défice 2011 quando retomou o fundo de pensões dos bancos. A consolidação orçamental está sustentável?
Albert Hunter: Os dados de 2011 ainda não estão disponíveis, mas na verdade o governo português pode ter atingido a sua meta para 2011 através desta acção única. Mas a chave está agora na execução do orçamento de 2012 e com a ajuda deste, o programa de consolidação pode avançar conforme planeado. Este orçamento contém acções muito boas e corajosas, inclusive aquelas que visam o aumento da competitividade, e é também com base nos cortes razoáveis dos gastos. Isso vai ajudar a reduzir o défice este ano para 4,5 por cento. Além disso a política orçamental demonstra que o governo abraçou este programa, que é crucial na implementação duma agenda tão ambiciosa para a consolidação fiscal e reformas estruturais.
Handelsblatt: O governo também está implementar as reformas estruturais previstas em detalhe no programa de empréstimo?
Albert Hunter: Há já um progresso significativo, mas continuam por implementar uma série de reformas estruturais, que são cruciais para o sucesso do programa. Um passo importante foi a recente pacto para promover o crescimento, o emprego e a concorrência entre o governo e os parceiros sociais, que é mais uma prova do amplo consenso político e social que prevalece no país sobre a necessidade de uma mudança e reforma. Tem que acontecer ainda mais, especialmente em termos de competitividade, os custos externos e os preços vão melhorar na economia.
Handelsblatt: Os mercados financeiros parecem ver em Portugal uma segunda Grécia. Quais são as maiores diferenças, na sua opinião, na situação dos dois países?
Albert Hunter: Em Portugal, o programa é apoiado por um forte consenso político e social. A nossa experiência mostra que o sucesso de um programa também depende da coesão política no país. Além disso, a dívida nacional de Portugal é muito menor e o sistema de impostos é muito mais eficiente. Finalmente, o país já promoveu os primeiros passos para resolver o problema da competitividade.
Handelsblatt: Acha realista afirmar que Portugal a partir do final de 2013 pode auto financiar-se no mercado de capitais, a longo prazo?
Albert Hunter: Estamos confiantes de que Portugal, com a execução do presente programa, pode voltar conforme planeado no mercado. O programa está desenhado para proteger o Estado e os bancos de choques, especialmente nos dois primeiros anos, o programa assume a maioria dos financiamentos que são antecipados e fornecem um mecanismo poderoso para apoiar os bancos. Finalmente, a política coordenada a nível europeu da crise é um benefício para Portugal.
Medidas já implementadas:
Cortes de gastos na administração pública, particularmente nos salários
Introdução de um imposto único sobre o subsídio de Natal
Aumento do IVA de 21 a 23%, a remoção de taxas reduzidas por exemplo, restaurantes
Congelamento das pensões, a abolição do feriado de Natal pagam no sector público
Ampliação das horas de trabalho, a redução das férias
Eliminação da "golden share" (poder de veto para os interesses corporativos
Por implementar:
Continuação do programa de privatização
"Imposto de solidariedade" para as empresas mais ricas e particulares (3%)
Cortes no sector da saúde, benefícios de desemprego e pensões
Reduzir o número de funcionários (nacional -1% ao ano, regionalmente -2%)
Levantamento de protecção do emprego, flexibilização
‘Travão na dívida’
Crescimento do PIB

Défice orçamental

Inflação

E agora o que ouvi e li por aqui... link indicado por quem gosta destas conversas...http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2279766&page=2

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