sábado, 27 de fevereiro de 2010

Sociedade Prostituta

Parece estranho, mas é com este poema que me identifico hoje...

Pranto…


Quanto
mar exterior
me ceifa vendaval!

Animal…
Ampla temeridade de perder!

Nascer para morrer…
Quanta vida
enverga a porcaria
que me venda os olhos!


Lixo aos molhos…
Furor amável dos insensatos!

Rostos falam abstractos…
Quanta
vergonha enterra
os actos hipócritas
no logro dos ignorantes!

Ecos repugnantes…
Quanto
fede nos ventos!

Lamentos…
Sonhos que já ninguém escuta!

Sociedade prostituta…

Quanto
drama oculto
num vulto sem tecto!

Vida sem projecto…
Corpo absorto sem sentido!

Humano simplesmente parido…

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