domingo, 11 de abril de 2010

Farta...


De falinhas mansas, plumas brancas,
De ver bolinhas de sabão coloridas,
Onde as cores garridas
Escondem as cóleras sentidas!
Farta...
Do lado bonzinho, apelativo....
O que o altruísmo traz como boa fortuna...
Sede.... de o que o sangue pede,
A misericórdia que a vida não me cede,
A de cair na pura loucura!


Farta...
De complacências, de ternas existências....
De nada me tem servido!
Os valores que guardo, ultrapassados,
Na pele a ferro e fogo marcados,
Darão-me quando morrer o além prometido?

Farta....
De ser o ombro amigo, o olhar escondido,
Que se tira do armário quando é preciso!
Vontade... de ser o que devia!!!!
A raiva contida, a acidez merecida,
O que a natureza me fermenta a gosto e devia!!!!

Farta... do estado sóbrio da vida..
O que aos outros serve como conforto,
Mas que a mim não serve agora de consolo...


Farta... do meu lado calmo, complacente,
O que me adormece e torna dormente...

Farta... de sonhos!
Sôfrega.... de pesadelos!
Os por mim causados, em noites de flagelos...
Os por mim provocados, em teias de novelos...
O que vale é que as minhas palavras de nadam valem...


E que para sempre elas se calem...

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